O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio das promotoras de Justiça Viviane Alves Santos Silva, titular da Promotoria de Justiça de Família de Mesquita e Luciana Grumbach, titular da 1ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude de São João de Meriti, esteve presente no evento “Oficina para Jornalistas sobre o Marco Legal da Primeira Infância”, organizado na cidade do Rio de Janeiro pela ANDI-Comunicação e Direitos e Rede Nacional Primeira Infância (RNPI), na segunda-feira (05/11). O encontro, destinado a jornalistas das regiões sul e sudeste, contou com vários painéis abordando o tema da primeira infância. Oficinas semelhantes foram realizadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

"Já se sabe que o investimento no começo da vida é o menos custoso e o mais eficiente, rendendo frutos durante toda a vida do indivíduo. Assim, para reduzirmos efetivamente a criminalidade e a violência, devemos pensar em estratégias de médio e longo prazo, possibilitando que as crianças de hoje tornem-se adultos produtivos para uma sociedade sustentável economicamente", declarou a promotora de Justiça Viviane Alves.

Luciana Grumbach, Viviane Alves Santos Silva e Hugo Gomes Zaher, juiz auxiliar da Infância e Juventude da 2ª Circunscrição da Comarca de Campina Grande/PB, integraram a mesa que abordou o tema "Primeira Infância como estratégia de prevenção à violência". Durante a dissertação dos três especialistas aos jornalistas presentes, foram exibidos vários índices da violência no Estado do Rio de Janeiro e no país, bem como dados científicos e pesquisas que demonstram a importância do investimento na primeira infância para a redução da evasão escolar, desemprego, envolvimento com drogas e criminalidade.

Na mesa anterior, o psicólogo Fernando Louzada, Doutor em Neurociências e Comportamento pela USP, explicou o funcionamento cerebral do indivíduo desde a primeira infância, salientando que o córtex pré-frontal, área do cérebro responsável pelas funções executivas, dentre estas o controle inibitório, somente estar completamente desenvolvida aproximadamente aos 20 anos de idade.

Durante a oficina foram divulgados alguns dados para os profissionais que estavam na plateia e que traduzem a necessidade de investimentos no setor. Segundo o Atlas da Violência 2018 do IPEA apresentado aos jornalistas, "há que se estruturar uma política de prevenção social, focalizada nos territórios mais conflagrados e nas crianças e jovens, para que eles possam ter um desenvolvimento sadio na primeira infância, acesso a boa educação e oportunidades no mercado de trabalho".

A participação no encontro promovido pela ANDI-Comunicação e Direitos e pela RNPI demonstra o esforço da atual administração de integração junto a outras entidades da sociedade civil para promover a discussão de questões pertinentes à melhoria da qualidade de vida do cidadão, trabalhando em conjunto para prestar um serviço mais resolutivo e eficiente à população do estado.