Notícia
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), obteve, na quarta-feira (28/3), decisão judicial que decretou a prisão preventiva de sete réus denunciados por formação de milícia no Município de Mesquita. Seis deles já tinham sido presos temporariamente em operação realizada no último dia 14/3. André Silva Nicodemus, conhecido como “Geladeira”, continua foragido.
Além de “Geladeira”, a denúncia aponta como integrantes de milícia particular, estruturada como poder paralelo armado nos Bairros Vila Emil, Santo Elias e Jacutinga, Paulo José Lírio Salviano, Renato de Castro de Oliveira, Daniel Alex Soares da Silva e três policiais militares do 20º e 39º BPM, Márcio Lima da Cunha, Natanael de Oliveira Gonçalves, André Lemos da Silva.
Segundo as investigações, entre maio de 2017 e março de 2018, os denunciados exerciam domínio ilegítimo na região, e praticavam extorsões obtendo vantagens financeiras mediante cobranças de taxa de segurança a residências e a comerciantes, e de uso de espaço público para realização de eventos. Também exploravam o serviço de sinal clandestino de TV a cabo, praticavam agiotagem e comercializavam cestas básicas.
De acordo com a denúncia recebida pela Vara Criminal de Mesquita, o grupo utilizava armas de fogo e praticava homicídios na região como meio de disseminar o temor e exercer autoridade sobre a população local.
“Os denunciados são pessoas agressivas que se organizam de forma ilegítima, possuindo livre acesso a armas de fogo, atuando com extrema violência na Baixada Fluminense a fim de evidenciar seu poder intimidatório, razão pela qual a prisão cautelar dos denunciados é medida que se impõe”, diz o documento. O MPRJ requer que os denunciados sejam condenados pelo crime de constituição de milícia privada, cuja pena prevista é de quatro a oito anos de reclusão.
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