Notícia
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor (GAEDEST/MPRJ) e do Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE/MPRJ), apresentou ao Procurador Geral de Justiça, Eduardo Gussem, e aos dirigentes da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) os resultados obtidos ao longo de pouco mais de um ano pelo Grupo de Trabalho Técnico do Complexo do Maracanã.
O GT Maracanã é formado pelo MPRJ e mais 19 órgãos e entidades diretamente envolvidos no planejamento, organização, operacionalização e realização dos jogos de futebol. Eles estão divididos entre os responsáveis pela organização dos eventos, pela segurança pública, pela ordem pública, pela mobilidade e transporte.
O objetivo de reunir tantos atores é elaborar em conjunto, segundo classificação de risco do evento, manuais de procedimentos e um conjunto de medidas e ações de segurança para os respectivos órgãos e instituições responsáveis, para ser adotado nos jogos de futebol realizados no Maracanã.
A técnica do GATE/MPRJ Izabella Barandier explicou, com auxílio do técnico Itamar Kalil, os objetivos perseguidos e alguns dos resultados alcançados pelo grupo em três áreas: matriz de atribuição das medidas e ações; modelos de planos de ação; e critérios para auxiliar a classificação de risco. Nesse sentido, explicou as conclusões alcançadas sobre alguns aspectos e as recomendações e ações sugeridas para sanar tais questões. Por fim, falou sobre a proposta de incorporação da metodologia AREF (Avaliação de Riscos em Estádios de Futebol), desenvolvida pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), nos jogos realizados no Maracanã.
“Vi nessa apresentação ciência, planejamento, método organizacional, segurança. É um produto que a gente nunca teve, porque sempre tivemos uma atuação reativa, esperando o fato acontecer para transformar em inquéritos e processos”, comentou Gussem, que destacou: “Com isso a gente vê atuação preventiva e resolutividade, é o mapa da mina para não dar errado. A gente tem que estender essa linha de trabalho para outras áreas, é exatamente isso que eu espero do novo Ministério Público”.
O presidente da Ferj, Rubens Teixeira, corroborou: “Sou médico por formação, então para mim as ações preventivas devem ser priorizadas. Estamos aqui diante de uma ação extremamente preventiva”.
O coordenador do GAEDEST/MPRJ, Claudio Varela, reforçou a importância da articulação com todos os órgãos envolvidos: “Quando todos remam no mesmo sentido, com base científica, então temos um instrumento potente para pressionar e obter as mudanças necessárias”.
Além deles, participaram da reunião o coordenador do GATE/MPRJ, Rafael Lemos; o promotor de Justiça Marcos Kac, integrante do GAEDEST/MPRJ; o diretor de Competições da Ferj, Marcelo Viana; o diretor de Relações Institucionais da Ferj Savio Franco; o procurador-geral da Ferj, Sandro Trindade, entre outros servidores e funcionários do MPRJ e da Ferj.
(Dados coletados diariamente)