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Grupo de Trabalho Técnico do Maracanã define "Bandeira Laranja" para o jogo entre Flamengo e Santos
Publicado em Fri Sep 13 10:24:02 GMT 2019 - Atualizado em Fri Sep 13 10:32:15 GMT 2019

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor (GAEDEST/MPRJ) e do Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE/MPRJ), e em parceria com a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FFERJ) e outros 17 órgãos e entidades diretamente envolvidos no planejamento e realização de jogos, definiram como “Bandeira Laranja” – terceiro nível mais alto de risco, em escala de 1 a 4 - a classificação de risco para o jogo entre Flamengo e Santos, no próximo sábado (14/09), no Maracanã. A avaliação foi decidida em reunião realizada nesta quinta-feira (11/09), na FFERJ.
 
A aplicação do Programa de Classificação de Riscos no Estádio do Maracanã estreou no dia 1 de setembro, na disputa entre Flamengo e Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro de Futebol. Desde então passa a vigorar em todos os jogos realizados no estádio. O coordenador do GAEDEST/MPRJ, Procurador de Justiça Claudio Varela, comentou o resultado da primeira experiência com o programa: 
“A estreia do programa no jogo Flamengo x Palmeiras foi um sucesso, temos que manter o ritmo de trabalho para chegar a uma sintonia cada vez mais fina e o público se acostumar ao sistema de bandeiras e suas consequências”.
 
Através deste método, os órgãos responsáveis pela organização, segurança, mobilidade e ordem pública durante os eventos terão definido de antemão um conjunto de medidas para serem adotadas de acordo com a classificação de riscos de cada jogo – uma escala que varia entre as “bandeiras” verde, amarela, laranja e vermelha, indo do menor para o maior grau. Em um jogo de risco “muito alto” (bandeira vermelha), por exemplo, poderão ser  observadas medidas excepcionais como o fechamento de um dos sentidos da Radial Oeste e a presença do Batalhão de Polícia de Choque – consideradas ações preventivas para segurança da população, e que podem não ser necessárias em uma partida classificada como de baixo ou médio riscos. O GATE/MPRJ participou de todo o projeto de planejamento, bem como acompanhou ativamente as quatro simulações já realizadas - todas com bons resultados, conduzidas pelo Grupo de Trabalho Técnico do Complexo do Maracanã (GT Maracanã), criado a partir dos graves distúrbios ocorridos no jogo Flamengo e Independiente pela Copa Sul-Americana, no final de 2017.
 
Além do MPRJ e da FFERJ, o grupo coordenado pelo GAEDEST é constituído pelos seguintes membros: Confederação Brasileira de Futebol (CBF); Clube de Regatas do Flamengo; Fluminense Football Club; Rota Gestão e Produção de Eventos; Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios (BEPE/PMERJ); Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEOP);  Secretaria de Estado de Polícia Civil; Companhia Municipal de Limpeza Urbana (COMLURB); Guarda Municipal do Rio (GM-Rio); Coordenadoria de Fiscalização de Estacionamentos e Reboques; Coordenadoria de Integração Operacional; Coordenadoria de Controle Urbano; Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses; Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos; Metrô-Rio, SuperVia e Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio).
 
Sobre a classificação de risco
 
Segundo o presidente da FFERJ, Rubens Lopes: “a união de forças dos responsáveis pela organização de uma partida de futebol tem como claro objetivo a segurança e o bem-estar do torcedor. A classificação de risco é trabalhar com inteligência para melhor servir, desde a prevenção à desmobilização de atos de desordem, assim em aspectos como mobilidade e segurança", resumiu.
 
O objetivo de reunir tantos atores foi elaborar os critérios de classificação e manuais de procedimentos em conjunto, de forma a prever todas as crises possíveis e respectivas soluções, em prol da máxima organização dos eventos e garantia de segurança e bem-estar da população. Entre os critérios para estabelecer a escala de risco estão fatores como o monitoramento de inteligência sobre movimentação de torcidas, histórico de rivalidades, expectativa de público, entre outros. Os resultados obtidos pelo GT Maracanã foram apresentados ao procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, no dia 14/06 – relembre a matéria aqui.

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