O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Ouvidoria/MPRJ, levou o projeto Ouvidoria Itinerante, nesta segunda-feira (05/03), até Bangu, na Zona Oeste do Rio. Com foco no Dia Internacional da Mulher — celebrado na próxima quinta-feira, dia 8 — a mobilização foi realizada no estacionamento do Bangu Shopping, área de grande movimentação de pessoas pela proximidade ao famoso calçadão da região. “Estamos em um local de bastante movimento, neste calor, cumprindo nossa missão. A Ouvidoria é o último reduto de esperança do cidadão em fazer valer os seus direitos. Embora estejamos homenageando o Dia Internacional da Mulher, estamos abertos a todas as denúncias que chegam”, afirma o procurador de Justiça José Roberto Paredes, da Ouvidoria.
 
Ao seu lado, a promotora de Justiça Georgea Marcovecchio, também da Ouvidoria/MPRJ, chamou a atenção para a relevância do projeto. “É um trabalho de formiguinha. As pessoas vêm aqui, levam os informativos, divulgam as ações do Ministério Público em suas áreas de atuação, comentam com a família, com os amigos, e assim vamos nos aproximando da sociedade”, pondera Georgea. 
 
 Das 10h às 16h, o mutirão contou com estandes e o apoio de parceiros como o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Violência Doméstica e do Núcleo de Gênero do Ministério Público (CAO Violência Doméstica e Núcleo de Gênero/MPRJ), das Subsecretarias Estadual e Municipal de Saúde e de Políticas para Mulheres, com atendimento psicossocial a mulheres vítimas de violência, além de serviços de orientação de nutrição, de enfermagem e de práticas integrativas, como reflexologia e auriculoterapia; do CVV, Centro de Valorização da Vida; e de consultoras da marca Mary Kay, que proporcionaram um dia de beleza com dicas de automaquiagem e cuidados com a pele.
 
Coordenadora do CAO Violência Doméstica e Núcleo de Gênero/MPRJ, a promotora de Justiça Lúcia Iloizio observa que a incidência de casos de violência contra a mulher ainda é bastante alta na Zona Oeste, região que engloba de Bangu a Santa Cruz, com base nos dados do Dossiê Mulher, elaborado anualmente pelo Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro. A promotora ressaltou a importância da iniciativa. “De todas as ouvidorias itinerantes de que participamos desde 2013, sempre chegam casos de violência doméstica, pelo menos um ou dois atendimentos. Infelizmente é uma realidade, e o Ministério Público precisa se fazer presente”, reitera Lúcia.
 
A subcoordenadora do CAO violência doméstica, a promotora de Justiça Alexandra Feres, observou a grande adesão de mulheres ao evento.  “Às vezes elas chegam tímidas, falando de um outro assunto, e comentam sobre um caso sofrido. Se qualquer uma pode ser vítima de violência, qualquer uma pode denunciar”, incentiva.