Notícia
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Promotores de Justiça da Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado para o caso Marielle Franco e Anderson Gomes (GAECO/FTMA) interrogaram, no início da tarde desta sexta-feira (01/12), o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, conhecido como Suel. A sabatina ocorreu em audiência por videoconferência no plenário do 4º Tribunal do Júri da Capital.
O ex-bombeiro foi denunciado e preso pelo GAECO/FTMA em julho deste ano na Operação Élpis. A denúncia aponta Suel como partícipe do duplo homicídio que vitimou a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes e da tentativa de homicídio contra a assessora da parlamentar, ocorrido no ano de 2018, e receptação do veículo Cobalt prata utilizado para a prática dos crimes.
O réu foi interrogado pelos promotores de Justiça Audrey Castro, Eduardo Morais Martins e Paulo Rabha de Mattos por cerca de uma hora e meia a respeito da sua participação no crime. A defesa de Maxwell Simões Correa também realizou perguntas e, ao final, requereu acareação entre o denunciado e o colaborador. O juízo concedeu prazo de dez dias para a defesa de Suel apresentar os pontos divergentes. Após esse prazo, a defesa do ex-PM Elcio de Queiroz se manifestará a respeito do pedido. O magistrado, então, irá decidir se a acareação vai ocorrer ou não. Após a decisão, o GAECO/FTMA vai analisar todas as provas produzidas, para decidir se irá requerer que o réu seja submetido a júri popular. Essa etapa do processo encerra a fase de instrução.
Relembre o caso
O nome de Maxwell foi citado pelo ex-PM Élcio de Queiroz em delação premiada com a PF e com o MPRJ, ocasião em que deu detalhes do atentado. Élcio segue preso desde 2019, assim como o ex-policial reformado Ronnie Lessa, ambos denunciados pelo GAECO/MPRJ como executores. Na delação, Élcio confessou que dirigiu o carro usado no ataque e confirmou que Ronnie Lessa fez os disparos. Maxwell teria ajudado a monitorar os passos de Marielle e participado, um dia após o crime, da troca de placas do veículo Cobalt, usado no assassinato, e se desfeito das cápsulas e munições usadas, assim como providenciado o posterior desmanche do carro.
Processo nº 0029021-13.2023.8.19.0001
Por MPRJ
(Dados coletados diariamente)