Notícia
Notícia
Após a denúncia apresentada pela Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado para o caso Marielle Franco e Anderson Gomes (GAECO/FTMA), foi realizada nesta terça-feira (10/10) audiência de instrução e julgamento do réu Maxwell Simões Correa, o ex-bombeiro conhecido como Suel. Os promotores de Justiça do GAECO/FTMA, em atuação conjunta com a Promotoria de Justiça junto ao 4º Tribunal do Júri realizaram uma sabatina durante as oitivas das testemunhas arroladas pelo Ministério Público.
Denunciado e preso em julho deste ano na Operação Élpis, realizada pelo MPRJ e a Polícia Federal, Maxwell está custodiado preventivamente em uma unidade de segurança máxima fora do estado e participou por meio de videoconferência. A FTMA/GAECO o denunciou como partícipe do duplo homicídio que vitimou a vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes e da tentativa de homicídio contra a assessora da parlamentar, ocorrido no ano de 2018. A próxima audiência está agendada para o dia 01/12 para ouvir as testemunhas de defesa e realizar o interrogatório de Maxwell.
A promotora de Justiça Audrey Castro esclareceu que essa primeira fase do processo tem como prioridade a produção de provas. “Ao fim da instrução probatória, vamos analisar tudo e verificar se o réu deve ou não ser pronunciado, ou seja, se ele deve ou não ser submetido a julgamento pelo Júri”, explicou.
Para o promotor de Justiça Fábio Vieira a colheita de provas confirma o que a investigação já havia indicado. “A prova testemunhal hoje corroborou o que foi apurado pelo Ministério Público por meio da Força-Tarefa durante sua investigação”, destacou.
“Encerrada a prova de acusação, o material reunido ao longo das investigações, aliado ao que foi produzido durante a audiência, não deixa dúvidas sobre a clara participação de Maxwell", ressaltou o coordenador do GAECO/MPRJ, promotor de Justiça Fabio Corrêa.
Relembre o caso
O nome de Maxwell foi citado pelo ex-PM Élcio de Queiroz em delação premiada com a PF e com o MPRJ, ocasião em que deu detalhes do atentado. Élcio segue preso desde 2019, assim como o ex-policial reformado Ronnie Lessa, denunciados pelo GAECO/MPRJ como executores. Na delação, Élcio confessou que dirigiu o carro usado no ataque e confirmou que Ronnie Lessa fez os disparos. Maxwell teria ajudado a monitorar os passos de Marielle e participado, um dia após o crime, da troca de placas do veículo Cobalt, usado no assassinato, se desfeito das cápsulas e munições usadas, assim como providenciado o posterior desmanche do carro.
Processo nº 0029021-13.2023.8.19.0001
Por MPRJ
*Foto cedida pelo TJRJ. Crédito: Brunno Dantas
(Dados coletados diariamente)