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GAECO/FTMA requer que ex-bombeiro Maxwell Corrêa seja levado a júri popular pela morte de Marielle e Anderson
Publicado em Tue Mar 12 19:12:46 GMT 2024 - Atualizado em Tue Mar 12 19:12:38 GMT 2024

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado para o caso Marielle Franco e Anderson Gomes (GAECO/FTMA), apresentou alegações finais na ação penal movida contra o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, para que ele seja julgado por júri popular pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ele também responde pela tentativa de homicídio de Fernanda Gonçalves Chaves e pela receptação do veículo Cobalt usado no crime, ocorrido no dia 14 de março de 2018.  

Nas alegações finais, o GAECO/FTMA também requereu a manutenção da prisão preventiva do réu em presídio federal de segurança máxima. Suel é apontado como partícipe do plano do assassinato e por ter monitorado a rotina da vereadora, além de ter ajudado Ronnie Lessa e Élcio Queiroz no desmanche do carro usado no crime e sumiço das cápsulas da munição. Maxwell Simões Corrêa foi preso em 24/07/23, na Operação Élpis, em razão de mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça a pedido pelo MPRJ ao oferecer a denúncia. Suel está preso em uma unidade fora do estado.

O GAECO/FTMA requer que Suel seja julgado pelo Tribunal do Júri e condenado por três homicídios qualificados, dois consumados e um deles na forma tentada, todos praticados mediante emboscada. No que se refere à vítima Marielle Franco, a outra qualificadora apontada é a motivação torpe e, em relação às vítimas Anderson Gomes e Fernanda Chaves, a prática dos crimes para assegurar a impunidade do assassinato da vereadora.

Outro trecho do documento ressalta que a participação de Suel na empreitada criminosa prosseguiu na medida em que, sempre seguindo plano previamente ajustado entre os envolvidos, “além de fornecer inegável ajuda aos executores para a obtenção de uma nova placa, bem como para a troca, destruição e desaparecimento daquela que anteriormente guarnecia o automóvel, juntamente com algumas das cápsulas dos projéteis, foi ele o responsável por contactar o indivíduo que fez desaparecer o Chevrolet Cobalt utilizado na empreitada”, destaca o GAECO/FTMA.

Relembre o caso
O nome de Maxwell foi citado pelo ex-PM Élcio de Queiroz em delação premiada com a PF e com o MPRJ, ocasião em que deu detalhes do atentado. Élcio segue preso desde 2019, assim como o ex-policial reformado Ronnie Lessa, ambos denunciados pelo GAECO/MPRJ como executores. Na delação, Élcio confessou que dirigiu o carro usado no ataque e confirmou que Ronnie Lessa fez os disparos. Maxwell teria ajudado a monitorar os passos de Marielle e participado, um dia após o crime, da troca de placas do veículo Cobalt, usado no assassinato, se desfeito das cápsulas e munições usadas, assim como providenciado o posterior desmanche do carro.  

A Força-Tarefa para o Caso Marielle e Anderson foi criada no ano de 2021, pelo procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos.

Por MPRJ

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