Notícia
Notícia
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) realizou, na tarde de segunda-feira (29/04), o evento ‘Encerramento e Divulgação do Projeto MP Inclusivo - O trabalho não é para alguns, é Paratodos’. Realizado pelo Instituto de Educação e Pesquisa (IEP/MPRJ), pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção ao Idoso e à Pessoa com Deficiência (CAO Idoso/MPRJ) e pela Comissão Permanente Multidisciplinar de Acessibilidade (CPMA/MPRJ), o evento lotou o auditório do edifício-sede da instituição.
“Esse momento é muito especial, pois representa a implementação de uma nova cultura para o MPRJ. Semanalmente, temos nos reunido para debater temas relevantes, que prestigiam a dignidade da pessoa humana. Nosso intuito é, cada vez mais, recepcioná-los da forma mais adequada, abrindo nossas portas com a oferta de oportunidades reais de inserção no mercado de trabalho, disseminando a relevância dessa questão. Venham sempre ao MPRJ, que os receberemos de braços abertos”, pontuou o procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, logo na abertura do evento.
Também participaram da abertura as promotoras Cristiane Branquinho e Renata Scharfstein, respectivamente coordenadora e subcoordenadora do CAO Idoso/MPRJ, além de Décio Gomes. “Desde a implementação do projeto, em julho de 2018, conseguimos avanços na tarefa de criar uma cultura de inclusão na instituição. Mas, sabemos, ainda há muito o que fazer”, afirmou Cristiane Branquinho, lembrando que, em junho do ano passado, o MPRJ somava seis estagiários com deficiência, no contexto do quadro de 1.500 vagas de estágio existentes. Hoje, esse número subiu para 31, todos com atuação na área metropolitana. Um dos focos, agora, é promover a inclusão nas unidades do MPRJ também no interior fluminense.
Renata Scharfstein, por sua vez, agradeceu a participação das instituições parceiras do Projeto MP Inclusivo – Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), Instituto Benjamin Constant (IBC), Colégio Pedro II, Instituto Philippe Pinel, Movimento Paratodos e Movimento Down –, bem como a importância de que o mesmo seja replicado por outras instituições, Brasil afora. Foram apresentados dados sobre os brasileiros com alguma deficiência que, pelo Censo 2010 do IBGE, somam 45 milhões de pessoas – o equivalente a 23,9% da população. Devido às dificuldades de acesso à educação formal e ao mercado de trabalho, o país soma 32 milhões de deficientes em idade ativa desocupados ou com emprego informal.
Na sequência, houve a exibição de vídeos e a realização de uma roda de conversas, com a mediação de Ciça Melo, fundadora do Movimento Paratodos. Participaram Pedro Detomaz, da Fundação Roberto Marinho; Maíra Bonna Lenzi, tecnologista do IBGE; Daniel Gonçalves, cineasta; Fernanda Shcolnik, professora de Português do CAp-Uerj; e Luanda Chaves Botelho, advogada e pesquisadora, também do IBGE. Todos esses convidados têm algum tipo de deficiência e, em seus relatos, expuseram suas experiências, que demandaram superação de barreiras arquitetônicas, comunicacionais e atitudinais, bem como de preconceitos, numa prova viva de que a inclusão social é um direito a ser assegurado por todos, e que a deficiência está na sociedade.
(Dados coletados diariamente)