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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) recebeu, na tarde de segunda-feira (30/07), a visita do diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS Rio), Ronaldo Lemos, e da diretora de Projetos do ITS Rio, Celina Bottino. Na ocasião, o procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, apresentou o ‘MP em Mapas’, plataforma digital que reúne dados estatísticos e informações administrativas georreferenciadas relativas às áreas de atuação do MPRJ. Com grande parte do conteúdo disponível ao público em geral, a ferramenta permite aos cidadãos o controle social sobre o estado e municípios fluminenses. E proporciona, aos membros da instituição, uma atuação mais célere, além da elaboração de políticas públicas mais eficientes.
“Estamos acostumados a ver muitos casos de implementação de tecnologia nos governos no exterior, em cidades como Chicago e Boston. Por vezes, nos esquecemos de ver as iniciativas no Brasil, que podem ser mais interessantes, sofisticadas e lidam com problemas complexos. O que eu vi hoje, aqui no ‘MP em Mapas’, é que estamos liderando essa discussão. Esse é um exemplo de uso muito inteligente da tecnologia num órgão público, que leva à criação de uma ferramenta para resolução de problemas em nome dos cidadãos. Essa experiência, que está sendo desenvolvida pelo MPRJ, precisa ser replicada. A trajetória construída aqui pode virar um case com o qual outras instituições brasileiras, e até de fora, podem aprender”, pontuou Ronaldo Lemos, advogado e especialista em mídia, propriedade educacional e tecnologia.
Também professor de Direito da Internet na UERJ, colunista e apresentador da Globonews, ele destacou o pioneirismo da ferramenta desenvolvida pelo MPRJ. “O fato é o seguinte: governo e tecnologia vão virar uma coisa só. Governar será uma atividade a ser exercida por meio da tecnologia, pelo simples fato de que a vida de todos nós, cada vez mais, passa por ela. Então, se determinado gestor não está preparado para governar por meio da tecnologia, não estará capacitado para governar nos próximos anos. O ‘MP em Mapas’ aponta um caminho muito importante para pensar o papel da tecnologia na gestão pública. E, não tem jeito, esse papel será essencial”, resumiu.
A diretora de Projetos do ITS Rio fez uma análise do impacto da utilização do ‘MP em Mapas’ na atuação do Ministério Público e no conjunto da sociedade. “Essa é uma ferramenta com alcance muito impressionante que, com certeza, vai ajudar a dar eficiência e celeridade à atuação do MPRJ, com melhoria da fiscalização e, como consequência direta, dos serviços públicos. Os recursos humanos, em qualquer órgão público, são sempre limitados. E, com a quantidade de demandas que são recebidas, não há como processar tudo humanamente. A tecnologia está aí para isso, para ajudar, estar a serviço para gerar inteligência, de forma que se possa trabalhar o conjunto das informações recolhidas com gestão profissional, isto é, com planejamento e metas”, disse Celina Bottino.
Na apresentação, Eduardo Gussem destacou a nova estratégia de atuação da instituição. “O ‘MP em Mapas’ permite que deixemos de lado o modo histórico e tradicional de atuação, pautado na análise processual, de forma analógica e individual. Agora, começamos a ter uma visão global, conjunta e científica, pois passamos a atuar com base em dados concretos, na linha de transparência que caracteriza os governos abertos. Isso nos permite, inclusive, atuar de forma preventiva, antes que os danos à sociedade se concretizem”, explicou o PGJ que, na apresentação do ‘MP em Mapas’, contou com a colaboração de Daniel Belchior, gerente da ferramenta.
Também fizeram apresentações para Ronaldo Lemos e Celina Bottino, sobre suas respectivas área de atuação na instituição, a procuradora de Justiça Márcia Tamburini, coordenadora do Laboratório de Análise de Orçamentos e Políticas Públicas (LOPP/MPRJ), que tratou sobre o levantamento de informações que alimentam os estudos do Centro de Pesquisas e Inovações (CENPI/MPRJ) e a base de dados do ‘MP em Mapas’; e os promotores Georgea Marcovecchio, assessora da Ouvidoria/MPRJ, que tratou das formas de recebimento das comunicações e dos Infográficos de atendimento das demandas; e Daniel Lima Ribeiro, titular da 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Saúde da Capital, cujo funcionamento já ocorre, de forma regular, no ambiente digital, praticamente sem utilização de arquivos e procedimentos impressos.
(Dados coletados diariamente)