Notícia
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), e a Polícia Civil, por meio da Polinter, com apoio de agentes da Força Nacional realizam nesta sexta-feira (29/06) a operação Paraíso. O objetivo é cumprir mandados de prisão preventiva contra 19 acusados pelo MPRJ por associação para o tráfico de drogas na região de Campos Elísios, Jardim Primavera e Saracuruna, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
De acordo com a denúncia, os acusados atuam nas comunidades do Rasta, Ana Clara, Barro Vermelho, Badu e do Padre, todas na região do 2º Distrito de Duque de Caxias. Segundo as investigações, o crime organizado nesses locais tem conexão com o tráfico de drogas do conjunto de favelas do Complexo da Penha.
Por meio de interceptação de ligações telefônicas autorizadas pela Justiça, as investigações concluíram que a associação criminosa é liderada pelo denunciado Thiago Barbosa Conrado, conhecido como “Thiaguinho” ou “TH” e Welinton Oliveira Souza, conhecido como ‘Cara de Porco’.
Toda a logística da atividade criminosa, desde a localização dos pontos de venda de drogas, o controle do fluxo da comercialização e a divisão do lucro eram realizados pelo denunciado Shermann Londres de Souza, que exercia papel fundamental na organização.
Atuavam como “gerentes” imediatos os denunciados Joanderson Silva dos Santos, Gabriel Valentin Mariano e Gustavo Rodrigues de Medeiros.
Segundo o Ministério Público fluminense, o grupo também realizava roubos na região, que serviam para obtenção de renda para o grupo criminoso. Parte dos lucros angariados nas atividades criminosas eram repassados aos integrantes da facção que integram.
A ação busca ainda apreender dois adolescentes em conflito com a lei, integrantes do tráfico, cujos mandados de busca e apreensão foram obtidos pela Promotoria da Infância e Juventude de Duque de Caxias.
A região vem sendo palco de uma intensa disputa entre traficantes e milicianos pelo controle do crime organizado. Embora envolvendo outros grupos de criminosos, o GAECO/MPRJ já ofereceu duas denúncias, entre 2017 e 2018, sobre homicídios decorrentes dessa guerra. Num dos casos, dois integrantes do tráfico foram mortos e um baleado por milicianos. No outro, três componentes da milícia foram assassinados e um foi ferido a tiros por traficantes.
(Dados coletados diariamente)