Notícia
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), através da Força-Tarefa para a Fiscalização de Unidades de Internação do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (FT Degase/MPRJ) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), realiza o mapeamento da estrutura física das unidades socioeducativas do Degase. Para isso, a equipe da Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia da (DEDIT/CSI/MPRJ) utiliza modernos equipamentos, como scanners a laser, que produzem imagens tridimensionais de ambientes, extremamente detalhadas.
A parceria entre a FT Degase/MPRJ e a DEDIT/CSI tem por objetivo principal detectar pontos cegos nas câmeras de segurança instaladas nas unidades, evitando que possíveis casos de violência contra internos aconteçam nos locais, sem que se tenha registro. As primeiras unidades socioeducativas visitadas foram a Professor Antônio Carlos Gomes da Costa (PACGC), e a Escola João Luiz Alves (EJLA), ambas na Ilha do Governador.
“Com a realização destes escaneamentos, queremos realizar o mapeamento completo das unidades socioeducativas do Degase, com identificação de todas as câmeras existentes e de seu campo de visão, verificando todos os pontos cegos de cada unidade e, com isso, apresentar aos gestores a necessidade de melhoria do sistema de monitoramento por vídeo. O escaneamento é mais uma ferramenta tecnológica poderosa, que será utilizada pelo MPRJ no combate à violência institucional nas unidades socioeducativas”, destaca a coordenadora da FT Degase/MPRJ, Fernanda Sodré.
"A tecnologia de realidade virtual, hoje disponibilizada pela CSI/MPRJ pela equipe da DEDIT, permite que os Promotores da FT e demais destinatários do trabalho tenham uma perfeita compreensão do interior das unidades socioeducativas, proporcionando-lhes uma experiência imersiva nos locais escaneados e a identificação exata dos pontos que demandam um melhor monitoramento. Desta forma, a CSI/MPRJ cumpre o seu papel em auxiliar da melhor forma possível, disponibilizando tecnologia inovadora para o desenvolvimento da atividade fim realizada pelos membros do Ministério Público", afirma o promotor Eduardo Campos, coordenador da CSI/MPRJ.
As imagens obtidas são um conjunto de milhões de pontos de medição em formato 3D, com os scanners sendo projetados para efetuar a varredura de objetos em uma faixa de distância de 60 centímetros. Na PACGC, foram realizadas cinco diligências para a realização da varredura completa, que resultaram em 266 escaneamentos. Na EJLA, que já tem um mapeamento parcial, sete diligências já foram realizadas, sendo efetuados 330 escaneamentos.
FT Degase/MPRJ
Criada por meio de ato do procurador-geral de Justiça em julho de 2021 (Resolução GPGJ 2425/2021), a FT Degase/MPRJ auxilia a Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e da Juventude Infracional da Capital a investigar denúncias de irregularidades e maus-tratos contra adolescentes internos que cumprem medidas socioeducativas na capital, adotando medidas articuladas entre as áreas de Infância e Juventude, Investigação Penal, Criminal e de Cidadania, para lidar com a questão de forma integrada.
Assista AQUI ao vídeo na íntegra.
Por MPRJ
(Dados coletados diariamente)