O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (GAEMA/MPRJ) e da 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital, participou nesta sexta-feira (27/11) do primeiro dia do ciclo de oficinas sobre procedimentos de biossegurança, comunicação e vigilância em saúde para prevenção da transmissão do novo coronavírus com ênfase no contexto rural. O evento é organizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater-Rio).

O objetivo do evento é orientar as ações emergenciais e estratégicas para o enfrentamento da Covid-19, abordando questões relativas à biossegurança e vigilância em saúde. Dentro desse contexto está a capacitação técnica para ação em campo nos cenários pandêmicos e pós-pandêmicos; a promoção do diálogo entre agricultores sobre segurança alimentar e nutricional e geração de renda nos cenários pandêmicos; mobilização de redes territoriais, entre outras.

O coordenador do GAEMA/MPRJ e ex-integrante da FTCOVID/MPRJ,  promotor de Justiça José Alexandre Maximino, avalia que o evento é uma forma de atuação preventiva, marcada pela necessária integração entre as áreas da agropecuária e da saúde, com objetivos comuns e sinérgicos de orientação e qualificação dos segmentos estratégicos, com vistas a customização das técnicas de redução e mitigação da propagação da COVID-19 nas áreas rurais. A promotora de Justiça Liana Barros Cardozo, da 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital, também participou da abertura se colocando à disposição das outras instituições para aproximar e desenvolver uma atuação mais conjunta dentro do tema. "Acho que é algo pioneiro e digno de ser fomentado. Poucas pessoas conseguem ter a dimensão do alcance  que tem você envolver segurança alimentar, segurança epidemiológica e saúde preventiva. Além do alerta no sentido de que o que acontece no campo pode impactar nas grandes cidades e vice-versa", pontuou Maximino.

O diretor técnico da Emater-Rio, Marcelo Monteiro, destacou na abertura que o evento foi sendo amadurecido a partir das reuniões promovidas pela FTCOVID/MPRJ com diferentes órgãos, por conta da necessidade de acompanhar e prevenir risco de disseminação de Covid-19 no Ceasa do Irajá. "A partir dessas reuniões nós da Emater nos aproximamos da Fiocruz e a gente chega hoje neste evento muito relevante", comentou Marcelo Monteiro, que acrescentou: "Isso aqui está evoluindo para trabalhos com foco na Covid-19, mas com várias possibilidades para o setor da biossegurança, que envolve tanto o setor rural, o setor agrícola, quanto consumidores e a sociedade geral também na área metropolitana".

A temática desta sexta-feira focou o olhar para as cadeias produtivas e os impactos no processo de trabalho à luz das consequências da pandemia e da correlação nos efeitos direto. Dentro desse contexto, trataram das alterações que a pandemia imprimiu nos processos de trabalho nas respectivas cadeias produtivas; da prevenção e promoção da saúde em tempos de pandemia, falando sobre medidas estruturais e estruturantes diante do contexto pandêmico e pós-pandêmico; além de formação de grupos de trabalho de cada cadeia produtiva.

O evento prossegue nas próximas três sextas-feiras, dias 04, 11 e 18 de dezembro.

Por MPRJ