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MPRJ apresenta 'MP em Mapas' para representantes do Instituto Pereira Passos
Publicado em Thu Sep 06 22:43:55 GMT 2018 - Atualizado em Thu Sep 06 22:43:32 GMT 2018

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) recebeu, na tarde de quinta-feira (06/09), a visita de dirigentes do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP). Na ocasião, o procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, apresentou a plataforma digital ‘MP em Mapas’ ao presidente da instituição, Mauro Osorio, além do coordenador técnico de Informações da Cidade, Luiz Roberto Arueira, e do assessor da presidência, Carlos Alberto Krikhtine. Lançada em 2015, a ferramenta online, aberta ao público, reúne dados estatísticos e georreferenciados sobre as diversas áreas de atuação do MPRJ, potencializando a atuação de promotores e procuradores de Justiça, ampliando o espaço para a participação dos cidadãos e servindo de base para a elaboração de políticas públicas mais eficientes.

“Tradicionalmente, desempenhávamos uma atuação pontual, caso a caso, e reativa. Com esse novo banco de informações, podemos adotar um novo modelo, mais preventivo e resolutivo.  Esperávamos os fatos acontecerem, e reagíamos somente a partir deste ponto. De certa forma, estimulávamos o crescimento de processos, e acabamos nos afogando no imenso volume gerado por eles. Estamos, agora, trazendo a ciência para o nosso cotidiano, passando a enxergar o que não víamos antes. Numa comparação com a medicina, vamos poder dissecar nossos ‘cadáveres’, que são os processos, para entender os fenômenos que os cercam em sua complexidade e, assim, elaborar melhores propostas de soluções”, explicou Eduardo Gussem.

Nessa tarefa, o PGJ aposta na execução dos trabalhos dos membros do MPRJ num novo tripé tecnológico. “O primeiro item é o Big Data e, para isso, já aderimos à licitação do Ministério Público Federal, para rodarmos na mesma plataforma, numa aproximação da interface entre as instituições. Em segundo, investiremos na inteligência artificial, que vamos instalar em cada órgão de execução que, assim, será auditado o tempo todo. Por fim, vamos abraçar a ciência de dados. Com todos esses recursos somados, alimentados pelo compartilhamento de dados, na linha dos governos abertos, temos a expectativa de fazer um trabalho muito diferente, com a possibilidade real de integrar as instituições do Legislativo, do Executivo e do Judiciário, além do próprio Ministério Público. A partir daí, teremos as reais condições de desempenhar uma fiscalização mais ampla e célere de todo o setor público”, apontou.

“A ciência de dados, a partir das informações que nós mesmos geramos, por meio do nosso Instituto de Educação e Pesquisa (IEP/MPRJ), ou colhemos junto a instituições parceiras, é uma grande aliada para definição da estratégia de atuação do MPRJ, nos setores da Saúde, Meio Ambiente, Educação e Execução Penal, para citar alguns. O acesso à execução dos orçamentos públicos do Estado e dos municípios fluminenses, com máxima transparência, é arma vital no combate à corrupção”, defendeu o promotor de Justiça Pedro Borges Mourão, coordenador de Análises, Diagnósticos e Geoprocessamento do ‘MP em Mapas’, que também participou da apresentação de alguns dos recursos da plataforma, na companhia de membros da equipe técnica da mesma.

Ao final da reunião, Mauro Osorio fez uma avaliação da ferramenta, e do que ela representa para o conjunto da sociedade fluminense. “Tinha as melhores referências sobre o ‘MP em Mapas’, até mesmo de colegas e amigos que já estiveram aqui no MPRJ. Hoje, confirmei essa impressão de que, melhor, impossível. Creio mesmo que faltam informação e debates mais regionalizados no Brasil. Temos, sobretudo aqui no Rio, pelo seu passado de capital federal, a tradição de pensar sobre o Brasil e o mundo, às vezes sem dar a devida atenção às demandas e causas regionais. Quanto mais informações organizadas sobre o Rio, que passa por grave crise, mais teremos racionalidade nos gastos. Melhor será o uso do dinheiro, e mais fácil será discutir e elaborar as políticas públicas realmente transformadoras“, concluiu o presidente do Instituto Pereira Passos.
 

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