Notícia
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 6ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos, e a Polícia Civil realizam operação conjunta nesta quarta-feira (04/04) para cumprir 12 mandados de prisão preventiva contra acusados de formar organização criminosa para obter vantagens ilícitas com roubos de carga na Zona Norte do Rio.
Os 12 integrantes do grupo foram denunciados pelo MPRJ por Organização Criminosa e financiamento do tráfico de drogas. Segundo a denúncia, ao menos desde meados de 2017, eles atuavam em conluio com a facção Comando Vermelho e dividiam parte dos lucros obtidos com os roubos de carga com traficantes. Em troca, se beneficiavam do controle territorial exercido pelos criminosos nas favelas Pica-pau, Dick, Ficap e Furquim Mendes, para fazerem nestes locais o transbordo das mercadorias roubadas. Ainda de acordo com a denúncia, os acusados davam dinheiro a agentes de segurança pública do Estado para não serem presos em flagrante.
Segundo o delegado Delmir Gouvea, titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), "são os próprios traficantes que contatam os demais integrantes da quadrilha, responsáveis por comercializar as mercadorias roubadas, para revendê-las a pequenos mercados de bairro, restaurantes e até mesmo dentro de composições ferroviárias”.
“A operação é fruto de uma investigação conjunta entre o MPRJ e a Polícia Civil. Foi um trabalho intenso por mais de seis meses, que incluiu escutas telefônicas autorizadas pela Justiça”, explica o promotor de Justiça Alexandre Themístocles, titular da 6ª PIP.
De acordo com a denúncia resultante das investigações, os membros da organização criminosa possuíam funções bem dividas e especializadas. A quadrilha controlava ainda uma sofisticada rede de distribuição dos produtos roubados, que contava com vendedores ambulantes, contratados por jornadas diárias para explorar vários pontos de venda nas imediações de estações ferroviárias do Rio. Alguns dos denunciados também guardavam produtos roubados em suas próprias residências e os expunham para venda em redes sociais.
Por suas condutas criminosas, o MPRJ requer a condenação dos réus às penas privativas de liberdade, de acordo com o previsto pelos artigos 2º e 4º, inciso IV da Lei nº 12.850/2013 e artigo 36, inciso IV da Lei nº 11.343/2006.
Para acessar a denúncia, clique aqui.
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