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Gaeco faz operação em Belford Roxo
MPRJ e Polícia Civil cumprem mandados de busca e apreensão nas casas de ex-prefeito e ex-secretário de Belford Roxo
Publicado em Wed Jan 10 10:22:05 GMT 2018 - Atualizado em Fri Jan 12 11:16:54 GMT 2018

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), e a Polícia Civil, realizam operação nesta quarta-feira (10/01) para cumprir 36 mandados de busca e apreensão em imóveis da Zona Oeste do Rio e da Baixada Fluminense. Entre os alvos da ação estão residências do ex-prefeito de Belford Roxo, Adelino Braulino dos Santos, também conhecido como Dennis Dautmann; e o ex-secretário de Administração do Município, João Magalhães da Silva. A operação conta com o apoio dos Departamentos Gerais de Polícia Especializada (DGPE), de Polícia da Capital (DGPC) e da Baixada (DGPB).
 
A ação tem o objetivo de apreender documentos e dispositivos eletrônicos que possam instruir um inquérito policial que apura diversas operações atípicas realizadas pelos investigados, na ordem de R$ 34,4 milhões de reais, entre 2012 e 2015. Ao longo das investigações, foram colhidos indícios de contratação irregular de empresas por parte de órgãos da administração municipal, com violação ao caráter competitivo dos processos licitatórios.
 
De acordo com o MPRJ, a investigação reúne fortes indícios de existência de um esquema de lavagem de dinheiro comandado pelos investigados na Prefeitura de Belford Roxo, por meio da contratação de empresas para prestação de serviços de diagnóstico médico ligadas diretamente ao ex-secretário João Magalhães.
 
Ainda segundo as investigações, o ex-secretário e outros suspeitos tiveram  movimentação financeira muito superior aos seus rendimentos declarados no período.  Nas contas bancárias dos investigados e de empresas contratadas pelo Município, constituídas em sua maioria por “laranjas”, foi constatada intensa movimentação financeira entre pessoas ligadas aos membros da alta administração da cidade entre os anos de 2013 e 2016. Foi identificada ainda a triangulação de valores entre contas bancárias dos investigados, o que seria uma técnica para lavar o dinheiro obtido por meio dos contratos fraudulentos.
 
Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça também determinou o bloqueio cautelar das contas bancárias dos suspeitos e a indisponibilidade de veículos e bens imóveis dos envolvidos.

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