Notícia
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Publicado originalmente em 04/04/2017
Parentes da menina Maria Eduarda Alves Ferreira, assassinada na semana passada na quadra da escola em Fazenda Botafogo, na Zona Norte do Rio, reuniram-se, na tarde desta segunda-feira (3/4), com o procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem; o subprocurador-geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos, Alexandre Araripe Marinho; a promotora Eliane de Lima Pereira, assessora de Direitos Humanos e de Minorias; e o promotor de Justiça Homero Freitas, que atua junto à Divisão de Homicídios (DH).
Durante a reunião, o procurador-geral de Justiça colocou a estrutura do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) à disposição da família e assegurou que a instituição atua para punir os culpados. “Maria Eduarda foi vitimada quando estava no interior da escola, o que agrava muito a situação. É triste para nós, como cidadãos e membros do Ministério Público. Nossa função é acolher vocês e dar o suporte necessário. Na esfera penal, vamos fazer todos os esforços para esclarecer o que aconteceu, da melhor maneira possível”, disse.
Nove parentes da menina Maria Eduarda participaram da reunião, realizada no gabinete do procurador-geral: os pais Rosilene Alves Ferreira e Antônio Alfredo da Conceição; os irmãos Beatriz, Bianca, Daniel, Daniela e Uidson; o tio Anderson Rodrigues Pereira e a cunhado William Moraes Hortizio. O grupo esteve acompanhado do advogado da família, João Tancredo, além do presidente da Organização Não Governamental (ONG) Rio de Paz, Antônio Carlos Costa.
O advogado João Tancredo, que atua na esfera cível, falou sobre a importância do encontro para a família. “Acho importante que o MP tenha recebido os parentes, tenha explicado como funciona e dito que providências podem ser tomadas. É o Ministério Público fazendo o seu papel, de se integrar à sociedade para que tenhamos uma realidade mais justa”, afirmou o advogado.
Uidson Alves Ferreira, irmão de Maria Eduarda, disse que o encontro mostrou que alguma coisa será feita pela família e pela sociedade: “A política de segurança empregada pelo Estado estimula a morte, e não a segurança. O que o Estado está fazendo é dizer: matem ou morram. E é sempre do lado mais fraco que a corda arrebenta. A família não vai arredar o pé do exercício da cidadania. Se existe direito, a família vai exercer esse direito. Nenhum direito a menos”, disse.
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