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MPRJ obtém recebimento de denúncias contra vereadores do Rio de Janeiro e de Mangaratiba
Publicado em Tue Dec 19 17:12:39 GMT 2017 - Atualizado em Tue Dec 19 17:11:10 GMT 2017

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Subprocuradoria-Geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos, obteve na Justiça a aceitação das denúncias contra o vereador do Rio de Janeiro, Gilberto de Oliveira Lima, e o vereador de Mangaratiba, Vitor Tenório dos Santos. As investigações dos políticos foram realizadas pelo Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça (GAOCRIM/MPRJ).
 
O vereador Gilberto Lima foi denunciado por organização criminosa e concussão. Segundo o MPRJ, ele comandava um esquema criminoso que funcionava dentro do posto de Polícia Técnica do Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. A fraude ficou popularmente conhecida como “máfia dos papa-defuntos”.
 
De acordo com a ação, em troca de propina, o parlamentar, que é policial civil e médico legista, em acordo com o diretor geral do Instituto Carlos Éboli (ICCE-RJ), Sérgio William Silva Miana, e o chefe de Administração do posto regional de polícia técnica de Campo Grande, Franklin Silva da Paz, liberavam funerárias da região para preparar os corpos dentro do IML de Campo Grande, a fim de que eles fossem levados diretamente para o velório. A prática, no entanto, é proibida por lei. 
 
Para aumentar os lucros da organização criminosa, também em troca de propina, hospitais da região enviavam ao IML corpos de pessoas que tiveram morte natural, não violenta ou insuspeita e que, portanto, não precisariam passar pelo posto. Assim, a demanda era sempre alta para as funerárias.
 
Falsificação de documento

A outra denúncia oferecida pelo MPRJ e aceita pela Justiça é contra o vereador de Mangaratiba, Vitor Tenório dos Santos. Ele foi denunciado pelo MPRJ por falsificar documento particular. De acordo com a ação, o parlamentar foi responsável por estabelecer o primeiro contato entre o ex-prefeito de Mangaratiba, Evandro Bertino Jorge, conhecido como “Evandro Capixaba” e o dono do jornal O Povo do Rio, Alberto Ahmed. Os dois foram condenados em 2016 pela Justiça por um esquema criminoso para fraudar licitações. Segundo o MPRJ, o ex-prefeito pagava propina para Ahmed fazer edições falsas do jornal, com datas pretéritas, simulando a publicação de avisos de licitações realizadas no Município. Ainda de acordo com o MPRJ, o esquema impedia que empresários tomassem ciência dos pregões, e permitia que eles fossem então vencidos por empresas encaminhadas por “Evandro Capixaba” e outros servidores da prefeitura. 

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