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MPRJ oferece denúncia em face de 24 integrantes de milícia da Baixada Fluminense e dois policiais militares por corrupção passiva
Publicado em Thu Dec 14 12:37:15 GMT 2017 - Atualizado em Thu Dec 14 12:36:48 GMT 2017

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), ofereceu denúncias junto à 1ª Vara Criminal de São João de Meriti em face de  24 acusados de integrar uma milícia que atua nos municípios de Duque de Caxias, São João de Meriti e Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Dentre os integrantes, estão dois policiais militares lotados no 15º e 21º BPM. Um dos líderes da milícia é o policial militar reformado Manoel Cabral Queiroz Júnior, conhecido como “Cabral”, que já foi candidato a Vereador em São João de Meriti.
 
Também foi oferecida denuncia junto à Auditoria Militar do Estado do Rio de Janeiro pela prática de corrupção passiva em face de dois Policiais Militares do 21º BPM. De acordo com o MPRJ, eles receberam pagamentos semanais para não reprimir as atividades ilegais da organização criminosa. As investigações indicam pagamento de propina inclusive em frente ao próprio Batalhão.  
 
Esta é a segunda etapa da operação “Fake Fireman”, onde foram expedidos mandados de prisão preventiva, que estão sendo cumpridos pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) e pela Corregedoria da Polícia Militar.
 
Dentre os 26 acusados com mandado de prisão preventiva expedido, quatro estão presos desde a primeira fase da operação, em agosto deste ano. Três deles, em flagrante, por porte de armas ou munição. O quarto preso na ocasião, segundo o MPRJ, é um dos líderes da milícia, Roquelande Rodrigues da Silva Júnior, o “Bombeirinho”. Ele foi detido em cumprimento a um mandado de prisão preventiva pelo assassinato de dois homens. O crime, cometido em maio do ano passado, foi o ponto de partida para as investigações contra o grupo de milicianos. A operação recebeu o nome de “Fake Fireman”, falso bombeiro, em inglês, devido ao apelido do líder da organização criminosa. Mais um alvo da operação já está preso em razão de outros crimes.
 
Para o MPRJ, a milícia atua extorquindo comerciantes da Baixada Fluminense em troca de suposta segurança. O grupo também pratica roubo de carros. Segundo o Ministério Público fluminense, a organização criminosa age com grande violência, executando inimigos, e já chegou até a desfilar com suas vítimas algemadas por ruas e praças da Baixada antes de matá-las.  Todos os integrantes da organização criminosa foram denunciados por integrar milícia privada, de acordo com o artigo 288-A do Código Penal.
 
As investigações foram realizadas pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

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