O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), e a Delegacia do Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) realizaram, nesta quarta-feira (02/08), a operação “Fake Fireman”. O objetivo foi cumprir 43 mandados de busca e apreensão contra integrantes de uma milícia que atua nos municípios de Duque de Caxias, São João de Meriti e Belford Roxo.
 
De acordo com o MPRJ, a operação resultou em oito prisões em flagrante por porte de armas ou munição. A polícia também capturou Roquelande Rodrigues da Silva Júnior, o “Bombeirinho”, um dos líderes da milícia, em cumprimento a um mandado de prisão preventiva pelo assassinato de dois homens. O crime, cometido em maio do ano passado, foi o ponto de partida para as investigações contra o grupo de milicianos. 
 
Segundo o Ministério Público fluminense, a operação desta quarta-feira evitou o início de uma guerra entre líderes da milícia. As investigações apontaram que “Bombeirinho” e outros suspeitos estavam planejando a morte de Wagner Rosa Vieira, outro líder da organização criminosa. Wagner também foi preso em flagrante com duas pistolas. 
 
O MPRJ esclareceu que as investigações mostraram que a milícia atuava extorquindo comerciantes da Baixada Fluminense em troca de suposta segurança. O grupo também praticava roubo de carros e até desfilava com suas vítimas algemadas por ruas e praças da Baixada antes de executá-las.  
 
Foram apreendidas armas e munições com os suspeitos e um “jammer”, aparelho usado para bloquear o sinal de GPS, frequentemente utilizado para roubo de cargas. 
 
Além de "Bombeirinho" e Wagner, também foram presos na operação Noberto Oliveira da Costa, conhecido como “Beto”; Reginaldo Pereira Diniz, o “Nego”; Manoel Cabral Queiroz Junior; Nelson Freitas de Souza, o “Boi”; Paulo Pereira Alves Júnior; Nilton Jesus da Silva e Sílvio Santos de Jesus, o “Burro”.