Como parte das iniciativas voltadas ao Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, o MPRJ levou seu projeto "Ouvidoria Itinerante da Mulher" à Central do Brasil em ação realizada nesta quinta-feira (02/03).  Realizado em parceria com o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (CAO Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher/MPRJ), o Detran Mulher, a Secretaria Estadual Especial das Mulheres, a Secretaria de Polícias e Promoção da Mulher, a Fundação Leão XIII e o Núcleo de Assistência ao Cidadão do Governo do Estado (NAC), o evento começou às 7h30 e foi encerrado às 13h.  

A manhã e o início da tarde foram marcados por intensa movimentação de pessoas que foram em busca dos serviços oferecidos pelas instituições, como carteira de identidade, certidão de nascimento e de óbito, habilitação, termo de união estável, certificado de reservista, além da possibilidade de denúncias sobre violência doméstica e familiar. No ônibus do MPRJ, foram realizados 58 atendimentos, tendo sido formalizadas dez comunicações e prestadas 48 orientações.

A "Ouvidoria Itinerante Mulher" abriu o calendário do mês, que contará com vários eventos em conscientização a tudo que a data traz de reflexão. No dia 30 uma nova edição do projeto fechará a campanha. "Estamos buscando conscientizar a sociedade com relação ao feminicídio, com relação à discussão da igualdade de gênero. Trazer o debate é essencial, pois deixa em evidência algo tão alarmante.  Seguindo neste propósito, que as futuras gerações consigam educar melhor seus filhos e que as gerações atuais possam descontruir a visão machista e sexista já tão incorporada no nosso cotidiano", vaticinou o Ouvidor do MPRJ, o procurador de Justiça Augusto Vianna Lopes, ressaltando a relevância da aproximação entre o MPRJ e o cidadão fluminense:  "Esse é o papel da Ouvidoria. A Central do Brasil é emblemática pois é um lugar onde todo mundo passa".

Coordenadora do CAO Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, a procuradora de Justiça Carla Araújo reforçou a importância da divulgação de informações e de serviços para que a mulher consiga sair da situação de violência. Referências para que a vítima saiba como denunciar, onde procurar ajuda e onde ser acolhida. "Para sair do ciclo de violência, ela necessita de toda uma rede da qual o MP faz parte. A mulher precisa ser independente financeiramente e emocionalmente, e os serviços oferecidos aqui, por nós e pelos órgãos parceiros, buscam exatamente dar este suporte", frisou ela, que distribuiu folders e cartilhas sobre a Lei Maria da Penha. 

Afora o apoio às vítimas de violência doméstica, o ônibus da Ouvidoria Itinerante do MPRJ recebeu cidadãos com outras demandas, como denúncias de maus-tratos a animais e homofobia, dentre outras. A quem buscava informações, a procuradora de Justiça Patricia Carvão, coordenadora-Geral de Promoção da Dignidade da Pessoa Humana (COGEPDPH), aproveitava para informar sobre o Núcleo de Apoio às Vítimas (NAV), serviço oferecido pelo MPRJ. "Estar presente aqui é uma forma de a gente ficar mais próximo da sociedade. E muita gente que foi vítima não tem noção do que pode fazer, por onde começar. Em um momento de dificuldade em que a pessoa está perdida, vulnerável, nossa proposta é mostrar os caminhos, onde procurar ajuda", explicou ela, que também distribuiu folderes sobre a atuação do núcleo.

Diretor da Assessoria de Gestão e Modernização Institucional do Detran (AGEM), Ericsson Glaucio Ribeiro de Lima destacou a "vital importância" na troca entre o Ministério Público e os órgãos parceiros na atuação frente à sociedade fluminense. "Esses eventos tiram as instituições da zona de conforto e a trazem junto das pessoas. Além disso, é uma troca de experiências, uma troca de olhares. Quando a gente se une a gente se completa", afirmou.

Por MPRJ