O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva e Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Capital, expediu nesta quarta-feira (30/03), Recomendação para que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) e os quatro grandes clubes de futebol do Rio, Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo, viabilizem o maior número possível de postos credenciados para que os torcedores possam trocar seus ingressos virtuais por físicos, nos jogos realizados na capital. A iniciativa se dá após três jogos com grande público realizados no início do ano, nos estádios do Maracanã, São Januário e Nilton Santos, terem apresentado grandes filas e aglomeração na entrada, devido à demora para a validação dos chamados “e-tickets”.

A Recomendação, que dá um prazo de 30 dias para que os destinatários respondam quais medidas efetivas serão adotadas, destaca fatos expostos pelo Batalhão de Policiamento Especializado em Estádio (BEPE), ocorridos nos jogos Fluminense x Millionarios-COL, em São Januário, Fluminense x Olímpia-PAR, no Nilton Santos, e Flamengo x Bangu, no Maracanã. De acordo com o BEPE, nas partidas houve um grande número de cópias de “e-tickets” impressos em papel comum, além de dificuldade de leitura dos respectivos códigos de barra, por diversos motivos, o que causou a retenção do fluxo de torcedores e transtorno nas entradas, expondo a risco indevido a segurança do torcedor. Devido ao fato, houve a necessidade de se implementar o chamado “picote” dos ingressos, prática que dispensa a revista de mochilas, por exemplo, e não possibilita o controle efetivo sobre o público que irá entrar no estádio.

Além disso, na partida Fluminense x Millionarios-COL, também foram observados ingressos na modalidade “e-ticket” em celular, o que gerou retenção do fluxo de público e transtornos nas entradas de São Januário, devido a problemas diversos como prints de tela, conexão com internet, brilho de tela de celular e telas danificadas, dificultando a leitura dos bilhetes.

Devido à situação, os “e-tickets” impressos em papel comum ou em celular deverão ser trocados por ingressos para dar acesso ao torcedor por qualquer das entradas nos estádios, sendo ainda reservadas entradas exclusivas para os portadores do ingresso virtual que, pelo respectivo programa de fidelização junto aos clubes, tiverem direito à sua utilização, independente da troca. As medidas têm a intenção de diminuir o fluxo de torcedores nos 30 minutos que antecedem o início da partida, diminuindo o risco à segurança pela retenção causada devido à falta de tempo hábil para a resolução dos problemas que a modalidade de ingresso virtual causa.

Veja aqui a Recomendação

Por MPRJ