Notícia
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) se reuniram, na tarde desta terça-feira (29/03), para tratar do retorno e da ampliação do programa de classificação de riscos para jogos no Estádio do Maracanã. Como medida mais imediata está o retorno do Grupo de Trabalho Técnico do Complexo do Maracanã (GT Maracanã), formado por MPRJ, FERJ e diversos órgãos e entidades diretamente envolvidos na segurança, mobilidade, planejamento, operacionalização e realização dos jogos de futebol.
O próximo passo é implementar novamente a classificação de riscos no Estádio do Maracanã. Através dessa metodologia, desenvolvida pelo GATE-MPRJ, os órgãos responsáveis pela organização, segurança, mobilidade e ordem pública do Maracanã conseguem definir antes de cada evento todo o conjunto de medidas a serem adotadas de acordo com o bandeiramento de riscos da partida. A escala varia entre as “bandeiras” verde, amarela, laranja e vermelha, indo do menor para o maior grau de perigo. Os critérios de classificação e manuais de procedimentos em conjunto ajudam a prever possíveis crises e predefinir quais as respectivas soluções, em prol da melhor organização dos eventos, bem-estar do público e garantia de segurança.
O procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, que recebeu Rubens Lopes, presidente da FERJ, em seu gabinete no edifício-sede do MPRJ, no Centro do Rio, ressaltou que o objetivo é aprimorar o programa para levar mais segurança aos frequentadores do Estádio e a toda a população no entorno. "A questão da segurança nos dias de jogos é prioritária para o Ministério Público. Então, esse diálogo com a federação propiciará, junto com os demais órgãos públicos, dar mais segurança para todos. Especificamente relacionado à Procuradoria-Geral de Justiça, isso é um primeiro passo para uma atuação mais abrangente na área desportiva, cuidando de todos os aspectos relacionados ao esporte, tanto nos estádios como em outras áreas que envolvem a atuação do MP".
A aplicação do protocolo de ações e classificação de riscos estreou em setembro de 2019, na disputa entre Flamengo e Palmeiras. Acabou sendo interrompida em 2020, em decorrência da pandemia de Covid-19. Rubens Lopes destacou que a ação foi extremamente exitosa no período em que foi aplicada. "Esse é um plano que deu certo. Começou com um Termo de Cooperação Técnica, por ideia do Ministério Público, alguns anos atrás. O trabalho foi desenvolvido, gerou um protocolo e deu muito certo no ajuste, prevenção e combate à violência nos estádios. Criou-se uma disciplina através dessa metodologia de estratificação de risco clara e de conhecimento de todos os envolvidos", afirmou o presidente da FERJ.
Também estiveram presentes na reunião o coordenador-geral de Segurança Pública do MPRJ, Reinaldo Lomba, e o coordenador-geral de Atuação Coletiva Especializada, David Francisco de Faria.
Por MPRJ
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