Notícia
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) encaminhou ao governador Cláudio Castro e ao prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo, Recomendação para que sejam divulgadas, diariamente, as ações desenvolvidas pelo Gabinete de Crise do governo do Estado em resposta à tragédia causada pelas fortes chuvas que atingiram o município no dia 15 de fevereiro. Os gestores têm um prazo de 48 horas para responderem à Recomendação.
De acordo com o documento encaminhado aos chefes do Executivo, após o desastre socioambiental ocorrido na cidade imperial, se torna crucial não apenas a resposta imediata à emergência, mas a informação das ações empreendidas pelos diversos órgãos públicos envolvidos nos trabalhos de campo. O texto, que recomenda que as informações sejam prestadas por meio eletrônico, inclusive nas mídias sociais, destaca que não existem canais oficiais céleres de informações, aptos a orientar a população e comunicar conteúdo fiel aos fatos.
Foi recomendado que sejam emitidos, ao menos, três boletins diários, de manhã, à tarde e à noite, com dados relativos às condições climáticas, eventuais riscos de deslizamentos e transbordamentos, e às condições de mobilidade urbana. Que seja disponibilizada uma equipe de comunicação social para resposta imediata às demandas externas, preferencialmente situada junto ao Gabinete de Crise. E que sejam tomadas medidas para que a comunicação e a cooperação interinstitucional se deem de maneira rápida e eficaz.
Assinam a Recomendação a procuradora de Justiça Denise Tarin, coordenadora do projeto Morte Zero, e os promotores de Justiça Zilda Januzzi, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Petrópolis, Vanessa Katz, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Petrópolis, Vicente Mauro Júnior, titular da 1ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude de Petrópolis, e Odilon Medeiros, titular da 2ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude de Petrópolis.
Segundo Vanessa Katz, a comunicação é um dos eixos fundamentais da resposta às emergências. “O governo tem falhado nesse ponto. A população, principalmente das áreas afetadas, precisa ser informada sobre o que está sendo feito e sobre os riscos. É um direito fundamental e uma necessidade”, disse a promotora.
(Dados coletados diariamente)