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MPRJ obtém condenação dos assassinos de embaixador da Grécia no Brasil
Publicado em Mon Aug 30 17:55:37 GMT 2021
- Atualizado em Mon Aug 30 20:33:58 GMT 2021
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 1ª Promotoria de Justiça junto à 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, obteve a condenação dos responsáveis pela morte do embaixador da Grécia no Brasil, Kyriakos Amiridis, ocorrida em 2016. O Tribunal do Juri condenou Françoise de Souza Oliveira (então esposa) e o policial militar Sérgio Gomes Moreira Filho (amante dela) por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraudes processuais. Já Eduardo Moreira, sobrinho de Sérgio, foi condenado por ocultação de cadáver.
O juri durou três dias inteiros, começou na quarta (25/08) e só terminou na sexta (27/08), às 23h. Considerando a decisão do juri, o Juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca de Nova Iguaçu sentenciou Françoise à pena de 31 anos de prisão; Sérgio Moreira, a 22 anos; e Eduardo, a um ano.
A denúncia do MPRJ relata que Françoise e Sérgio planejaram o crime com objetivo de se beneficiar da futura administração da herança da vítima e da pensão que seria recebida pela filha de Kyriakos com a acusada, que à época tinha dez anos de idade.
“Foi um julgamento importante, principalmente, em razão da repercussão negativa que o crime gerou na imprensa internacional e que manchou a imagem do Brasil no exterior. Impressionou bastante a frieza da ré que, no momento em que o homicídio ocorria em sua própria casa, estava com a filha de dez anos de idade em um shopping center e mantinha permanente contato telefônico com o amante e controle de toda empreitada criminosa. A barbárie do ato criminoso e a sordidez da trama orquestrada pelos réus demonstram o acerto da resposta penal encontrada ao final do processo. Fez-se justiça”, ressaltou o titular da 1ª Promotoria de Justiça junto à 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu (Júri), promotor de Justiça Sandro Fernandes Machado.
O crime
Na noite de 26 de dezembro de 2016, Françoise ausentou-se do apartamento em Nova Iguaçu, onde vivia com o diplomata e a filha do casal, com o objetivo de deixar Kyriakos sozinho na residência. Ela passou, então, a manter contato telefônico com Sérgio, que aguardava com Eduardo em frente ao prédio da vítima, já com as chaves do imóvel fornecidas pela amante. Eles permaneceram uma hora em frente ao apartamento controlando a movimentação do diplomata, com o objetivo de surpreendê-lo. Quando Kyriakos estava sentado sozinho no sofá, de costas para a entrada do cômodo, eles o atacaram.
Na noite de 26 de dezembro de 2016, Françoise ausentou-se do apartamento em Nova Iguaçu, onde vivia com o diplomata e a filha do casal, com o objetivo de deixar Kyriakos sozinho na residência. Ela passou, então, a manter contato telefônico com Sérgio, que aguardava com Eduardo em frente ao prédio da vítima, já com as chaves do imóvel fornecidas pela amante. Eles permaneceram uma hora em frente ao apartamento controlando a movimentação do diplomata, com o objetivo de surpreendê-lo. Quando Kyriakos estava sentado sozinho no sofá, de costas para a entrada do cômodo, eles o atacaram.
O trio retirou o cadáver do local, colocou em um carro e, no dia seguinte, o atiraram de uma ribanceira às margens do Arco Metropolitano, em Nova Iguaçu, ateando fogo no veículo em seguida.
Além do homicídio duplamente qualificado e da ocultação de cadáver, Françoise e Sérgio foram também condenados por fraudes processuais, pois apagaram os registros de conversas no telefone, incendiaram o carro onde estava o corpo e tentaram apagar as imagens das câmeras de segurança. Eduardo foi absolvido do crime de homicídio porque, ao final da instrução, ficou demonstrado que ele somente teria ingressado na residência depois que o embaixador foi assassinado por Sérgio. Por isso, foi condenado apenas no crime de ocultação de cadáver, uma vez que as câmeras de segurança do condomínio o flagraram ajudando Sérgio a colocar o corpo da vítima no veículo utilizado no crime.
Por MPRJ
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