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Justiça acolhe denúncia do MPRJ e decreta prisão dos acusados de matar embaixador grego
Publicado em Fri Feb 24 07:09:52 GMT 2017 - Atualizado em Fri Feb 24 07:13:06 GMT 2017

A 4ª Vara Criminal da Comarca de Nova Iguaçu acolheu, nesta quinta-feira (23/2), a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) contra três pessoas acusadas do assassinato do embaixador grego no Brasil Kyriakos Amiridis, encontrado carbonizado dentro de um carro no fim de dezembro de 2016.

Françoise de Souza Oliveira (viúva do diplomata), Sérgio Gomes Moreira Filho (policial militar) e Eduardo Moreira Tedeschi de Melo tiveram prisão preventiva decretada, atendendo ao pedido do MP. Eles serão julgados das acusações de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. Françoise e Sérgio também são acusados de fraude processual.

De acordo com a denúncia, oferecida com base em investigação realizada pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), Françoise e Sérgio eram amantes e buscavam obter vantagem na futura administração da herança dos bens da vítima e da pensão que seria recebida pela filha de Kyriakos com a acusada, uma menina de dez anos de idade.

Na noite de 26 de dezembro, Françoise ausentou-se do apartamento em Nova Iguaçu, onde vivia com o diplomata e a filha do casal. O objetivo seria deixar Kyriakos sozinho na residência. Ela passou, então, a manter contato telefônico com Sérgio, que aguardava ao lado de Eduardo em frente ao prédio da vítima, já com as chaves do imóvel fornecidas pela amante.

Sérgio e Eduardo, que teriam participado do crime sob promessa de pagamento, permaneceram uma hora na frente do apartamento controlando a movimentação do diplomata, com o objetivo de surpreendê-lo. Eles teriam atacado Kyriakos quando este estava sentado sozinho no sofá, de costas para a entrada do cômodo, o que qualifica o homicídio pelo emprego de recurso que dificultou a defesa.

Na sequência, com Françoise de volta ao imóvel, o trio teria envolvido o corpo num tapete. Desceram as escadas da casa e colocaram o cadáver no banco traseiro de um automóvel levado por Sérgio. Na noite do dia seguinte, o policial teria jogado o carro, com o cadáver dentro, de uma ribanceira às margens do Arco Metropolitano, em Nova Iguaçu.
 

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