O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentou, nesta segunda-feira (03/02), a plataforma digital “MP em Mapas” para representantes da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O encontro ocorreu no edifício-sede do MPRJ. O objetivo da reunião foi demonstrar aos presentes a importância e as potencialidades dos dados da ferramenta relativos ao monitoramento da qualidade da água e do abastecimento hídrico, que fomentem as ações de vigilância em mananciais, estações de tratamento e distribuição no Estado do Rio de Janeiro.
 
O procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, recebeu o grupo e demonstrou a satisfação do MPRJ em contar com a colaboração da Fiocruz nas áreas da pesquisa e troca de informações e dados, especialmente em um momento muito importante para a melhoria dos serviços de saneamento e abastecimento no Rio de Janeiro. “A participação de pesquisadores, da academia, na melhora da entrega do nosso trabalho à sociedade, é fundamental para a busca não pelo apontamento dos erros, mas pela condução aos mecanismos que nos levem aos acertos”. O PGJ apresentou ainda a ideia central da plataforma, destacando que o “MP em Mapas” reposiciona a ação da instituição, tornando-a ainda mais resolutiva. “Por meio do compartilhamento de camadas de dados georreferenciados, que disponibilizam toda a informação necessária para a atuação do promotor de Justiça em apenas um clique, a atuação do MPRJ é potencializada”, afirmou.
 
O promotor de Justiça Sidney Rosa da Silva Junior, coordenador de Análises, Diagnósticos e Geoprocessamento do MPRJ, e o servidor Luiz Roberto Aroeira da Silva, coordenador de projeto na área de saneamento do “MP em Mapas”, apresentaram todos os dados, mapas e informações georreferenciadas disponíveis na plataforma. A procuradora de Justiça Rosani da Cunha Gomes, membro do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (GAEMA/MPRJ), destacou a relevância e os frutos colhidos na parceria estabelecida com a Fiocruz para o trabalho do MPRJ e a sociedade, em especial na crise de abastecimento enfrentada desde o início de janeiro. “Graças à qualificação, dedicação e competência dos pesquisadores nos apoiando neste momento delicado, fomos ainda mais fortalecidos e motivados em nosso trabalho para alcançar o resultado efetivo para a sociedade”, disse.
 
Assistiram à apresentação, representando a Fiocruz, a professora Clementina Feltman, a assistente da vice-presidência, Gabriela Lobato, e os pesquisadores Paulo Barrocas e Alexandre Pessoa Dias; a professora do Departamento de Urbanismo da UFRJ, Ana Lúcia Brito; a assistente do Instituto de Comunicação, Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fiocruz, Renata Gracie; e os promotores de Justiça José Alexandre Maximino, coordenador do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (GAEMA/MPRJ), e Gisele Pequeno, membro do mesmo grupo.
 
Alexandre Pessoa Dias destacou que o “MP em Mapas” é uma possibilidade de colaboração efetiva para o trabalho do Ministério Público, em especial na área de saneamento básico. “A ferramenta é um grande catalisador de dados e reproduz as informações disponíveis para uma boa administração e governança no setor público”, afirmou. Ele finalizou sugerindo a inserção de dados intersetorizados que ampliem as possibilidades de pesquisas para o mapeamento já oferecido ao usuário pela plataforma. Já a professora Ana Lúcia Brito ressaltou a importância deste ambiente digital poder reunir, sobrepor, analisar e compartilhar conteúdos sobre os dados epidemiológicos e de qualidade da água, que muitos órgãos municipais e estaduais oferecem isoladamente e sem a mesma profundidade.
 
Criado em 2015, o ”MP em Mapas” reúne informações sociais, institucionais e administrativas relativas às áreas de atuação do MPRJ. Disponível ao público em geral, a ferramenta permite aos cidadãos a realização de denúncias e o acesso a informações de diversas áreas referentes aos municípios e ao Estado do Rio de Janeiro, além de subsidiar o trabalho de promotores e procuradores de Justiça. A partir do cruzamento e da integração dos vários dados compilados, é possível pensar e elaborar políticas públicas eficientes.

Por MPRJ