O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) recebeu, nesta sexta-feira (18/10), a visita do procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Fabiano Dallazen, além de diversos representantes do MP gaúcho. Todos eles foram recebidos pelo chefe do parquet fluminense, Eduardo Gussem, e tiveram a oportunidade de visitar as instalações da instituição, em especial aquelas dedicadas às áreas de inovação e tecnologia, prioridades na administração atual. “Na linha de governos abertos, pautada em valores como transparência, integridade e participação popular, sabemos que as ferramentas digitais são fundamentais para incrementar a atuação ministerial. Com base na Ciência de Dados, conseguimos ter uma visão mais ampla e integrada dos fenômenos sociais e entender como as coisas efetivamente acontecem, para responder às demandas dos cidadãos de uma forma mais efetiva”, pontuou o PGJ.

Além de Fabiano Dallazen, visitaram o MPRJ o secretário-geral do MPRS, Júlio César de Mello, o subprocurador-geral de Justiça de Gestão Estratégica da instituição, Sérgio Hiane Harris, e a servidora Juliana Rodrigues Marques, do Laboratório de Dados e Inovação. Pelo MPRJ, coube ao promotor de Justiça Daniel Lima Ribeiro a apresentação do INOVA/MPRJ, laboratório por ele coordenado e dedicado à inovação. Foram apresentadas pelo servidor Daniel Belchior as estruturas e funcionalidades da plataforma digital ‘MP em Mapas’; e do INTEGRA, sistema de processo eletrônico do MPRJ que visa a tratar as intimações oriundas do Tribunal de Justiça, assim como os inquéritos policiais oriundos da Polícia Civil e encaminhados ao parquet. Essa última apresentação foi feita pelo secretário de Tecnologia da Informação do MPRJ, Daniel Haab.

''O Ministério Público, como todas as instituições que trabalham para fazer entregas por meio de políticas públicas, precisa cada vez mais se reinventar. Nós temos que ter efetividade, e ela passa pela cooperação entre os órgãos, pela transparência completa e pela inovação. Talvez a grande inovação nos dias de hoje seja nós conseguirmos captar o maior número possível de informações e fazer a leitura correta das mesmas, para que os membros tenham um trabalho menos burocrático e mais amplo, passando a enxergar o todo para atacar os problemas, e não somente atuando de forma reativa em cada processo”, avaliou Fabiano Dallazen.

Assim, o PGJ gaúcho aposta que os recursos digitais são vitais para renovar a atuação dos MPs. “Vivemos uma crise fiscal muito forte. O Rio Grande do Sul sofre, basicamente, com quase 50 meses de atraso de salário, principalmente no Executivo. Isso significa que temos que inventar uma nova forma de trabalhar, antes que as crises se instalem e se agravem. E o investimento em tecnologia nos permitirá otimizar esforços, com resultados melhores. Isso depende ainda de uma mudança cultural no conjunto da sociedade, que eu vejo que está ocorrendo de forma muito competente aqui no Rio de Janeiro. É mudar a forma de trabalhar, inovando e buscando as parcerias, exatamente como tem feito o MPRJ. Não por acaso, estou ansioso para replicar e reproduzir, lá no Rio Grande do Sul, muito do que a gente está vendo aqui'', concluiu.