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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) participou, nesta quarta-feira (03/04), no hotel Hilton de Copacabana, de um workshop para procuradores e investigadores brasileiros sobre uso de evidências eletrônicas e crimes cibernéticos. O evento é promovido pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, por meio do Consulado Americano.
Dentre os palestrantes, há agentes especiais da Ciberdivisão do FBI (Federal Bureau of Investigation), investigadores digitais do Laboratório de Cibercrime do Departamento de Justiça americano, procuradores da República dos Estados Unidos, membros do Ministério Público Federal e representantes de empresas como Microsoft e Facebook. Entre os temas discutidos está a obtenção de evidências digitais em diferentes meios, as moedas digitais, o cibercrime, a análise de dispositivos eletrônicos e a cooperação internacional. Dividido em três dias, o workshop foi oferecido para 30 procuradores da República, 20 promotores de Justiça e 15 delegados.
O subprocurador-geral de Justiça de Assuntos Criminais e Direitos Humanos, Ricardo Martins, discursou na abertura do evento sobre as impactantes transformações que o meio digital e cibernético impuseram ao trabalho investigativo. Ele lembrou que em suas primeiras investigações a contabilidade de uma organização criminosa era encontrada em papel e caneta, enquanto agora as planilhas encontram-se em computadores e muitas vezes protegidas por criptografia.
“O crime se modificou, a estrutura também mudou, e é fundamental que nós consigamos acompanhar. A deep web, a dark web, o bitcoin na lavagem de dinheiro, tudo isso é fartamente utilizado para o crime, por isso a importância deste evento para todos nós. É muito relevante que nós, operadores de direito, que atuamos na atividade persecutória, estejamos atualizados, trocando informações e experiências. Todo o nosso agradecimento ao MPF, ao Consulado dos Estados Unidos e ao Departamento de Justiça americano por nos proporcionar isso”, disse Ricardo Martins.
Também compuseram a mesa de abertura a procuradora Regional da República americana Mysti Degani e a coordenadora dos grupos de Combate aos Crimes Cibernéticos do MPF, Neide de Oliveira. O evento ocorre até a próxima sexta-feira (05/04), terminando com um exercício de investigação de um crime em que será necessário utilizar técnicas de obtenção de evidências eletrônicas e cooperação internacional.
Em razão de o evento ser destinado à troca de informações efetivas para aprimorar o trabalho de investigação contra o crime, as palestras e o conteúdo das apresentações ficarão restritos aos membros do Ministério Público e aos delegados presentes.
(Dados coletados diariamente)