O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) recebeu, nesta terça-feira (19/02), representantes da Columbia Global Center Rio – braço da Universidade de Columbia no Brasil - para tratar das possibilidades de intercâmbio entre as duas instituições nas áreas de pesquisa, inovações e ciência de dados.  O procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, o assessor da Subprocuradoria-Geral de Justiça de Planejamento Institucional, Daniel Lima Ribeiro, e o coordenador de Análises, Diagnósticos e Geoprocessamento do MPRJ, Pedro Mourão, apresentaram algumas das inovações desenvolvidas no MPRJ para o diretor da Columbia Global Center, Thomas Trebat, e para a gerente de programa, Teresa Borges.
 
Na sala do “MP em Mapas”, Eduardo Gussem explicou que o MPRJ encontrou no uso de tecnologia, inovações e ciência de dados o caminho para tornar a instituição mais eficiente. O objetivo é fazer a virada para uma atuação preventiva e resolutiva, buscando agir antes que eventuais danos ocorram, em vez de atuar de forma reativa, focado nos processos judiciais. Daniel Lima Ribeiro comentou que o objetivo do encontro é abrir caminhos para parcerias entre as instituições. “A ideia é criar uma parceria para pesquisa. É explorar o que podemos fazer juntos, agora que temos um Laboratório de Inovação, a equipe da Joana Monteiro à frente do CENPE e o ‘MP em Mapas’ em um estado bem avançado. Receber alunos, treinar membros, ¬viabilizar dados para pesquisas, entre outras possibilidades”, disse o promotor.
 
 
O diretor Thomas Trebat disse que as informações e as tecnologias disponíveis no MPRJ têm grande valor. “A Universidade de Columbia tem obviamente uma missão de ensino, pesquisa e serviço - de levar conhecimento acadêmico para melhorar as políticas públicas no mundo real. Temos muitas escolas, como a de Políticas Públicas, que teriam enorme interesse em conhecer o acervo de dados do Ministério Público do Rio”, avalia Thomas, que complementa: “Outra área de interesse é a de Análise de Big Data, na qual usamos nossos recursos na área de computação para digerir grande volume de dados através da inteligência artificial e outras técnicas e coloca-los à disposição do analista de políticas públicas, sem que essa pessoa precise ser um PhD em computação”.
 
Durante a visita, também foi demonstrado como funcionam as ferramentas “In loco”, “MPRJ+”, “Domínio” e “Conexão”. As duas primeiras são abertas e permitem analisar e cruzar indicadores sociais, dados geográficos e informações sobre equipamentos públicos. As outras são restritas aos promotores de Justiça e  aprimoram a capacidade de investigação e o gerenciamento das promotorias. O “MP em Mapas” agrupa e trabalha, com a aplicação de inteligência artificial, dados relativos aos mais diversos temas, entre eles Segurança Pública, Saúde, Educação e Meio Ambiente.