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Execução Penal
MPRJ obtém na Justiça suspensão de atividades de policiais militares envolvidos na morte de jovem em Costa Barros
Publicado em Wed Jan 30 09:23:55 GMT 2019 - Atualizado em Wed Jan 30 09:23:51 GMT 2019

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (GAESP/MPRJ), obteve na Justiça, nesta terça-feira (29/01), medida cautelar suspendendo do exercício de suas funções os quatro policiais militares envolvidos na operação que resultou na morte de Lucas de Azevedo Albino, de 18 anos, no final do ano passado, em Costa Barros. A medida terá de ser cumprida até que o inquérito policial que apura a morte seja concluído. Além disso, a Justiça determinou que a mãe do rapaz seja intimada com urgência a prestar depoimento sobre o caso, através da produção antecipada de prova, já que a mesma encontra-se em tratamento de doença grave.

De acordo com o inquérito policial instaurado para apurar a morte de Lucas, no dia 30 de dezembro de 2018, em um posto de gasolina situado na esquina da Avenida Pastor Martin Luther King Jr. com a Estrada de Botafogo, os policiais, lotados no 41º Batalhão de Polícia Militar, atiraram em Lucas, causando lesões corporais que provocaram a sua morte. O laudo cadavérico apontou que a vítima foi atingida por dois disparos de arma de fogo – um no ombro esquerdo e outro na cabeça. De acordo com o que disse a mãe do rapaz na Delegacia de Homicídios, que apura o caso, os acusados colocaram a vítima na viatura policial sem nenhum ferimento na cabeça, o que corrobora a versão de execução a caminho do hospital. Para confirmar o fato, ela forneceu à autoridade policial fotografia do momento em que seu filho foi colocado no veículo da Polícia Militar, ainda vivo.

A suspensão dos policiais foi fundamentada pelo MPRJ através do artigo 319, incisos III e VI, do Código de Processo Penal, enquanto a produção antecipada de prova para a tomada de depoimento da mãe do rapaz foi baseada no artigo 156, inciso I, da mesma legislação. Além da suspensão, os policiais estão proibidos de ter contato com as testemunhas do caso e de portarem arma de fogo, enquanto durarem as investigações. O juiz responsável pelo caso marcou a primeira Audiência de Instrução e Julgamento do caso para o dia 25/02.

gaesp
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