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Retrospectiva 2018: MPRJ e Polícia Civil realizam operação contra furto de combustível no Rio e em São Paulo
Publicado em Mon Jan 07 13:27:04 GMT 2019 - Atualizado em Mon Jan 07 13:26:42 GMT 2019

Publicado originalmente em 02/08/2018

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), e a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), realizam nesta quinta-feira (02/08), a operação Água Negra, para desarticular uma Organização Criminosa que pratica furto de petróleo e seus derivados dos oleodutos da Petrobras Transporte S/A (Transpetro). A operação conta com apoio do GAECO do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) e do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil de São Paulo. Eles foram denunciados à Justiça pelos crimes de organização criminosa,  furto qualificado  e ainda,  dois dos cinco denunciados, pelo crime de obstrução de justiça.

O objetivo da ação é cumprir cinco mandados de prisão e outros 14 de busca e apreensão, em endereços no Rio de Janeiro e em São Paulo. A investigação teve início em agosto de 2017, após uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal no veículo em que estavam Bruno de Paiva Santos e Jorge Felipe da Silva Paes, onde foram encontrados R$ 48 mil e três válvulas de contenção de líquidos – objetos utilizados nos furtos de combustíveis de oleodutos.

De acordo com a denúncia, análises telefônicas autorizadas pela Justiça demonstraram que os criminosos agiam com frequência. Eles conversavam sobre ações bem sucedidas e comentaram com frustração sobre um vazamento provocado durante um furto em agosto de 2017,  dizendo que o problema nunca tinha ocorrido antes, dando a entender que o problema os impediria de furtar ali outras vezes, pois o local ficaria visado.

A denúncia descreve dois núcleos da organização, um em cada estado. Os denunciados Bruno Santos, Jorge Paes e Manoel de Andrade Maia integravam o núcleo do Rio, responsáveis pela escolha dos oleodutos, perfuração, retirada do combustível e comercialização. 
Já em São Paulo estava um dos líderes do grupo, Claudionor Inácio da Silva, principal comprador do combustível furtado e responsável pela comercialização no mercado ilícito. A investigação apurou que Claudionor utilizava empresas das quais é sócio para  “esquentar” notas fiscais e dar aparência de legalidade no transporte do produto furtado.  Seu “braço direito” era Everton Nascimento Silva, responsável por receber o combustível furtado, a intermediação com o grupo que executava a extração e os pagamentos. Em São Paulo, Everton ainda indicava o local onde os motoristas contratados deveriam ficar escondidos até o transbordo final do produto, cuidava da hospedagem dos motoristas, bem como de toda logística da organização.

Além de furto qualificado, Jorge e Everton Silva também foram denunciados pelo crime de obstrução, uma vez que no dia seguinte à abordagem forjaram um contrato de compra e venda de imóvel para justificar a quantia de R$ 48 mil em espécie encontrada no automóvel de Bruno e Jorge, com objetivo de embaraçar a investigação penal.

O Ministério Público fluminense  requereu o compartilhamento das provas com o MP de São Paulo para investigação  do envolvimento da organização com uma explosão ocorrida no dia 5 de julho de 2017, em Itaquaquecetuba (São Paulo), em decorrência de vazamento provocado por furto de combustível de um oleoduto.

A Transpetro alerta que denúncias sobre movimentação suspeita nas faixas de dutos ou em terrenos próximos podem ser feitas pelo número 168.

 

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