Notícia
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Petrópolis, apresentou denúncia à Justiça, na terça-feira (11/12), com pedido de prisão preventiva, contra dois policiais militares por homicídio qualificado contra quatro vítimas em um estabelecimento comercial em Petrópolis, Rio de Janeiro.
De acordo com a denúncia, no dia 2 de março, entre 22h e 23h30, os policiais Leonardo Fontes Neves e Max Rodrigues da Silva invadiram o bar em que estavam as quatro vítimas, Maicon Lucas Vieira de Santa Rosa, Bruno dos Santos, Lucas Moreira de Santana e Renato Batista da Silva, e disparam contra eles, matando Maicon e Bruno. Lucas e Renato foram baleados, encaminhados ao hospital, e sobreviveram, tendo testemunhado contra os denunciados. Em depoimento, testemunhas disseram que as vítimas eram envolvidas com o tráfico de drogas na cidade. As investigações do homicídio prosseguem e apontam, também, para a participação de pelo menos mais um suspeito, ainda não identificado, que estaria do lado de fora do bar e na direção do carro de Leonardo para a proceder com a fuga.
Leonardo e Max são lotados na Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e deveriam estar de plantão na unidade. De acordo com a denúncia, ambos se ausentaram por mais de duas horas da unidade, tempo suficiente para irem ao município da Região Serrana do Rio. A denúncia do MPRJ apurou a participação de ambos no crime por meio das imagens das câmeras de vídeo do estabelecimento e das praças de pedágio da concessionária CONCER, que opera a via de ligação com o Rio de Janeiro, pelos laudos das pistolas de ambos e pelas interceptações telefônicas em que os denunciados tratavam do fato. Leonardo possui diversas anotações criminais, inclusive por tentativa de homicídio em 2015 (processo Nº 0042311-42.2016.8.19.0001), “o que demonstra sua inclinação para trilhar a senda criminosa”, diz a denúncia.
A Promotoria de Investigação Penal também requer a prisão preventiva dos denunciados por entender que a liberdade dos policiais, em razão da periculosidade, ameaça não só a ordem pública, mas às famílias das vítimas e das testemunhas, além do risco de ambos escaparem do processo. Leonardo e Max foram denunciados de acordo com os artigos 121 e 14 do Código Penal, com penas previstas de 6 a 20 anos de prisão.
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