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MPRJ realiza palestra em comemoração ao Dia do Perdão
Publicado em Thu Sep 06 12:11:03 GMT 2018 - Atualizado em Wed Sep 05 20:36:10 GMT 2018

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Instituto de Educação e Pesquisa (IEP/MPRJ) e do Centro de Mediação, Métodos Autocompositivos e Sistema Restaurativo (CEMEAR/MPRJ), realizou, nesta sexta-feira (31/08), a palestra “Dia do Perdão”, na sede da instituição.  

Integraram a mesa de abertura as procuradoras de Justiça Anna Maria Di Masi e Angela Maria Silveira dos Santos, coordenadora e subcoordenadora do CEMEAR/MPRJ,  a especialista em Mediação de Conflitos pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Petronella Maria Boonen; a doutora em Psicologia Social pela Universidade do Rio de Janeiro (UERJ) Celia Maria Oliveira Passos e a Diretora Jurídica da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Magda Hruza Alqueires.

Em sua palestra, Anna Maria Di Masi destacou que o objetivo é provocar um aprofundamento do pensamento sobre o perdão e difundi-lo na população. “Fazemos esses eventos comemorativos do Dia do Perdão para gerar a reflexão na sociedade civil. O perdão leva ao exercício de refletir, de autoperdoar e de interagir, que contribuem para a quebra do estereótipo de vítima”, observou.

A palestrante Petronella Boonen explicou que o perdão é uma dádiva. “Ele não é da lógica da equivalência, nem da balança da Justiça. É o dom, o presente. E o dom tem que circular, não pode ficar parado, é para ser doado”. A especialista em Mediação de Conflitos também esclareceu que o exercício de perdoar parte do sujeito capaz e não pode ser transferido a terceiros. “O dom é do indivíduo com capacidade de ser dono de suas palavras e ações, daquele que se responsabiliza pelos seus atos. Por isso, é uma ação livre e não pode ser apropriada politicamente e juridicamente”, disse. 

Segundo a procuradora de Justiça Angela Maria, o encontro possibilita uma reflexão da vida, tanto no presente quanto no futuro. “Trabalhar a questão do perdão nos faz pensar sobre a imperfeição humana.  Se não conseguimos acertar sempre, imagine nossas crianças e adolescentes. Essa nova geração não trabalha a ideia da aceitação, da coletividade e do perdão”, explicou a doutora. Para ela, é necessário que os pais revejam os valores passados aos filhos:  “Precisamos ensinar o exercício da reflexão, rever os atos, ter coragem de olhar pra dentro de si mesmo e reconhecer os erros”, concluiu.

Ao final da palestra, foi realizado um exercício para questionar a plateia. Petronella Boonen pediu para que todos pensassem em “Como seria sua vida se você se perdoasse?”. Além disso, o público teve a oportunidade de tirar dúvidas e trocar experiências com as integrantes da mesa. 

 

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