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MPRJ oferece denuncia por injúria racial nos Jogos Jurídicos Universitários em Petrópolis
Publicado em Thu Sep 06 12:36:18 GMT 2018 - Atualizado em Thu Sep 06 12:35:55 GMT 2018

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Petrópolis, ofereceu denúncia, nesta quarta-feira (05/09), contra Thais Ressurreição de Souza por injúria racial cometida nos Jogos Jurídicos Universitários realizados em junho, na cidade de Petrópolis.

 No dia 2 de junho, no Esporte Clube Corrêas, em Petrópolis, e logo após o jogo de futebol masculino entre as equipes da Pontifícia Universidade Católica (PUC/RJ) e a Universidade Católica de Petrópolis (UCP), Thaís, que estava presente no evento, atirou uma casca de banana contra Maicon da Silva Nascimento, atleta negro, integrante da equipe de futebol da UCP, atingindo-lhe a perna e ofendendo sua dignidade. Ela é  acusada pelo MPRJ pela prática do crime de injúria por preconceito racial. 

De acordo com a denúncia do MPRJ, Thaís tentou negar a autoria do delito, contudo várias testemunhas presenciaram a ação preconceituosa no ginásio. “A denunciada não consegue negar que estava na hora, no local onde ocorreu o delito; não consegue negar que tinha uma casca de banana nas mãos e, ao invés de atirá-la no lixo, como qualquer pessoa faria, atirou-a na vítima, Maicon da Silva Nascimento, integrante da equipe vencedora rival”, diz a denúncia.

 
Maicon declarou que ao final do jogo, quando se dirigia aos vestiários foi atingido por uma casca de banana na perna. Ele afirmou que várias testemunhas viram Thaís arremessando a casca da fruta em sua direção. Maicon manifestou, então, o desejo de representar criminalmente contra a autora por injúria racial, de acordo com o previsto no artigo 140 § 3º do Código Penal. Pelo ato reprovável, Thaís pode ser condenada às penas de um a três anos de reclusão e multa.
 
O MPRJ ressalta que os fatos apurados nos autos são de extrema gravidade, e foram cometidos durante competição esportiva, em cujo ambiente “devem reinar, a amizade, a cortesia, a competitividade saudável e, principalmente, o respeito entre os atletas, não sendo concebível, qualquer manifestação de preconceito ou discriminação de qualquer natureza, perpetrada por atletas ou torcidas, que se deslocam para assistir às partidas em outras cidades, e ofendam, de maneira tão vil e desrespeitosa, os atletas ou torcedores anfitriões

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