Notícia
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), realizou, nesta quinta-feira (23/08), no auditório do edifício-sede, evento sobre Segurança Institucional, reunindo especialistas em palestras sobre diversos aspectos relacionados ao tema. Transmitido ao vivo pela página do MPRJ na internet, o evento abordou os seguintes temas: Princípios e Conceitos de Segurança Institucional, Segurança das Instalações e de Recursos Humanos, Segurança da Informação, Funções e Cuidados nas Redes Sociais, Desenvolvimento de uma Cultura de Segurança e Noções de Primeiros Socorros.
Na abertura, o subprocurador-geral de Justiça de Administração, Eduardo Lima Neto, disse que o evento é um marco para o Ministério Público, porque coincide com a publicação de novas resoluções que dispõem sobre a Segurança Institucional do MPRJ. As resoluções GPGJ 2.238/2018 e 2.239/2018, criam, respectivamente, o Comitê Gestor de Segurança (CGS) e a nova Política de Segurança Institucional (PSI).
O Comitê Gestor de Segurança (CGS) do MPRJ tem por finalidade realizar a gestão de segurança no âmbito interno, promovendo a cooperação estratégica e articulando os diversos setores para a execução do Plano de Segurança Institucional. Já a Política de Segurança Institucional (PSI) tem a finalidade de integrar as ações de planejamento e execução das atividades de segurança institucional, bem como garantir o pleno exercício das atividades funcionais. Veja aqui as duas resoluções publicadas nesta quinta-feira.
“Hoje, ainda vivemos episódios de violência. Um momento em que o enfrentamento ao crime organizado se faz necessário e que as reações aparecem, seja na forma de explosões de violência, em atos de vandalismo ou extremismo, seja por meio da divulgação de fake news. Todas essas situações complexas exigem que medidas de precaução sejam tomadas contra essas ações. E o encontro de hoje pretende uma troca de experiência para que essas medidas possam ser efetivamente adotadas. ”, disse Lima Neto.
A promotora de Justiça Elisa Fraga, coordenadora da CSI/MPRJ, destacou que uma das funções da CSI/MPRJ é interagir com outras instituições que atuam em áreas como a segurança. Nesse sentido, o evento trouxe integrantes de diversas instituições que atuam diretamente no tema, como o Tribunal de Justiça, o Corpo de Bombeiros e a coordenação da área de Segurança da Petrobras. Elisa Fraga lembrou que o MPRJ é o responsável pela área de Segurança Institucional junto ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), portanto encarregado de auxiliar todos os ramos do Ministério Público na área de Segurança Institucional.
“Por isso tivemos a ideia de instituir o mês de agosto como o mês da segurança institucional, para que cada coordenador de segurança no Brasil tenha condições de divulgar o seu trabalho e de incutir nas pessoas a cultura da segurança e mostrar a importância disso” comentou a promotora, antes de exibir vídeos de atentados reais que ocorreram e que poderiam ter sido evitados com protocolos de segurança mais rígidos.
O desembargador Antonio Jayme Boente, coordenador das Centrais de Custódia em todo o Estado, frisou a necessidade de todos assimilarem a cultura da segurança. “É a espinha dorsal de todo trabalho que venha tratar da segurança. Se vocês não recepcionarem essas informações, esses atos, esses protocolos, nada vai adiantar. Basta um não seguir para comprometer todo o restante”, avaliou.
A primeira palestra do dia reuniu o coordenador de Operações da Segurança Corporativa da Petrobras, Eduardo Borges, e o gerente da área de Inteligência e Segurança Corporativa (ISC) da empresa, Luiz Roberto Furtado. Eles comentaram as principais atividades de segurança corporativa e os desafios da segurança dentro de uma empresa tão grande. Eles citaram a importância do relacionamento com outras instituições, entre elas o MPRJ. “Nos desvios de produtos dos dutos trabalhamos firme com apoio do GAECO/MPRJ ( Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Essa ponte que construímos com o Ministério Público e outros órgãos de segurança pública é fundamental”, comentou Eduardo Borges.
Em seguida, o promotor de Justiça Bernardo Vieira, coordenador da Secretaria de Tecnologia da Informação (STIC/MPRJ), palestrou sobre a Segurança da Informação. Inicialmente ele explicou que o conceito é estabelecer diretrizes e princípios gerais para iniciar, manter e melhorar a gestão de segurança da informação de uma organização. Em seguida, indicou boas práticas em relação às senhas de acesso pessoais e sobre o comportamento dos usuários dentro do ambiente de trabalho. Nesse contexto, frisou a importância da definição de senhas complexas. Aconselhou os usuários a trocarem a senha sempre que houver qualquer suspeita de comprometimento, e a não abrirem arquivos e e-mail desconhecidos, entre outros.
A palestra seguinte abordou funções e cuidados nas redes sociais, apresentada por Maria do Carmo Gargaglione e João Bernardo Aversa, da Divisão de Evidências Digitais e Tecnologias (DEDIT-CSI/MPRJ). Maria do Carmo alertou para a importância de tomar precauções no uso das redes sociais, com intenção de evitar o uso indevido de suas informações, o contato com pessoas mal intencionadas, entre outras. João Bernardo alertou que em geral os sistemas e softwares são seguros, no entanto os usuários é que vacilam e abrem brecha para usos mal intencionados.
Depois do intervalo para o almoço, o tenente-coronel Vinicius Fonseca Barros, da Diretoria Geral de Segurança Institucional do Tribunal de Justiça do Rio, deu dicas de como se comportar no trânsito ou em caminhadas pelas ruas: evitar distração ao celular, não parar nas primeiras fileiras em sinais de trânsito. Também discorreu sobre alguns procedimentos a serem tomados em caso de uma abordagem criminosa: mostrar as mãos, verbalizar as ações e tentar manter a calma.
Por último, o Major Flávio Sampaio Davi, do Corpo de Bombeiros, apresentou noções de primeiros socorros, além de cardiologia básica e de como se identificar os sintomas que precedem a PCR (Parada Cardiorrespiratória). Foi usado o exemplo do jogador de futebol Serginho, que morreu de mal súbito à beira do campo após receber uma massagem cardíaca de má qualidade. Para demonstrar a RCP (Ressuscitação Cárdio Pulmonar), foram utilizados três bonecos e chamados três voluntárias que simularam uma ressuscitação. Entre as voluntárias estava a coordenadora da CSI/MPRJ, Elisa Fraga.
Os voluntários também fizeram a demonstração do uso do pocket (máscara que auxilia na ventilação) para apoiar a RCP. Durante o treinamento, que contou com a apresentação do uso do desfibrilador, os militares do Corpo de Bombeiros ensinaram a Posição Lateral de Segurança (PLS), postura em que o paciente deve ficar até que chegue a ambulância. Nessas condições, a pessoa fica de lado e evita que ocorra a obstrução das vias respiratórias.
Ao fim, foi apresentado um vídeo com simulação de situações rotineiras em salas dentro do MPRJ e que devem ser evitadas.
(Dados coletados diariamente)