Notícia
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) obteve, por meio da 1ª Promotoria de Justiça de São Pedro da Aldeia, decisão favorável à denúncia apresentada contra 42 pessoas acusadas no escopo da ‘Operação Constantino’, deflagrada em novembro de 2015, para o combate ao tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro, além do porte e posse de armas de fogo. A quadrilha atuava nas cidades do Rio de Janeiro, Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia e Cabo Frio – em especial, nas duas últimas. Considerado chefe da facção criminosa Comando Vermelho na região, Carlos Eduardo Rocha Freire Barbosa, conhecido como ‘Cadu Playboy’, foi condenado a 156 anos, oito meses e 29 dias de reclusão, em regime fechado, nos termos de artigos das leis nº 11.343 e nº 10.826.
A denúncia foi baseada em investigação feita pelo MPRJ, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), com a colaboração da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar (CI/PMERJ). Houve ainda auxílio de agentes da Subsecretaria de Segurança Pública. As principais informações foram apuradas junto a agentes policiais atuantes na Região dos Lagos e por meio de interceptações telefônicas monitoradas com autorização da 2ª Vara de São Pedro da Aldeia – a mesma que proferiu a sentença condenatória, assinada pelo juiz titular Marcio da Costa Dantas, no último dia 28 de junho.
O fator motivador da ‘Operação Constantino’ foi a percepção de que, desde o início da implantação das Unidades de Polícia Pacificadora nas comunidades da capital fluminense, grande parte dos criminosos ligados ao tráfico vinham buscando refúgio nas cidades do interior do estado, onde tentavam reorganizar o comércio de entorpecentes. A denúncia apontava que, mesmo preso desde 7 de novembro de 2014, ‘Cadu Playboy’ seguia dando ordens a seus subordinados para a prática de novas ações criminosas, por meio de troca de ligações e mensagens via celular. Tal constatação, inclusive, serviu para fundamentar pedido anterior do MPRJ de transferência de Carlos Eduardo do sistema penitenciário fluminense para a unidade prisional federal em Catanduvas/PR, onde segue custodiado.
Dos 42 denunciados pelo MPRJ, 39 foram condenados e três absolvidos – Jackson dos Santos Soares, Ozéias Alan dos Reis Martins e Wesley Fábio Mota da Silva. Destacam-se as penas aplicadas a Alessandro Silva Bazame e Aldemir Pereira da Mota (ambos com 134 anos de reclusão), Jeferson Silvano Alves e Josimar Freire Ferreira (131 anos para cada), Gustavo Gomes de Moura (condenado a 129 anos), José Júnior Golvin de Jesus (116) e Lucas Vieira Coelho (72). Os demais apenados foram condenados a reclusão que varia de quatro a 20 anos.
(Dados coletados diariamente)