Notícia
Notícia
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 3ª Promotoria de Justiça de São Pedro da Aldeia, com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e da Polícia Militar, realizou operação, nesta quarta-feira (04/07), para prender traficantes e cumprir mandados de busca e apreensão domiciliar e em unidades penitenciárias nas quais alguns dos denunciados já estão presos.
De acordo com as investigações realizadas pela 125ª DP, desde dezembro de 2015, eles se associaram para a prática do comércio ilícito de entorpecentes em São Pedro da Aldeia. Com a colaboração de adolescentes infratores e o uso de armas de fogo, o grupo é vinculado a uma facção criminosa que atua, predominantemente, no bairro São João. Há indícios ainda de que o bando tenha ligação com o tráfico de drogas no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, na capital.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em 20 endereços, incluindo as celas de sete denunciados que já encontravam-se presos. São eles Gilliard de Lima Silveria, Osmane da Silva Aleixo, Peterson da Silva Ignácio Rosa, William de Paulo Melo Felipe, Welington Dias Colacio, Marlon Vitor Silva dos Santos e Reginaldo Silva da Costa. Durante a operação, foram apreendidos três celulares e presos Gabriel de Oliveira Araújo Da Silva e Marco Antonio Silva da Costa. Moisés Pedra da Silva continua foragido.
Segundo o comando do 25ºBPM de Cabo Frio, durante buscas na comunidade Boca do Mato, em Cabo Frio, criminosos atiraram contra as equipes e houve confronto. Na ação, dois policiais ficaram feridos e foram socorridos ao Hospital Central de Emergências, em Cabo Frio, onde receberam atendimento médico. O estado de saúde deles é estável.
“Colheu-se prova indiciária no sentido de que alguns denunciados, mesmo custodiados, deram continuidade às práticas criminosas, por meio de uso de celulares, situação que infelizmente é uma rotina dentro do sistema penitenciário brasileiro”, diz a decisão proferida pela 2ª Vara de São Pedro da Aldeia.
No mesmo sentido, a denúncia do MPRJ narra que a associação contava com membros inseridos no sistema carcerário estadual. “Unidades penitenciárias funcionavam como verdadeiros escritórios a serviço da criminalidade, sendo certo que os denunciados se comunicavam precipuamente por meio de linhas telefônicas, havendo verdadeira repartição de funções”, destaca o documento.
Na denúncia, o MPRJ ressalta que a quadrilha empregava violência e grave ameaça contra grupos rivais de bairros em que o tráfico de drogas era exercido por uma facção rival. Ainda de acordo com o documento, armas de fogo eram utilizadas como meio de intimidação coletiva e prática de crimes de homicídios tentados e consumados.
O MPRJ requer que eles sejam condenados pelo crime de associação para o tráfico de drogas que prevê pena de 3 a 10 anos de prisão e multa. A pena pode ser aumentada pelo fato de o crime ter o envolvimento de menores e de ter sido praticado com violência, grave ameaça e emprego de arma de fogo.
(Dados coletados diariamente)