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MPRJ pede prisão de PMs denunciados por tortura e roubo qualificado na Rocinha
Publicado em Fri Apr 13 12:54:35 GMT 2018 - Atualizado em Fri Apr 13 14:18:13 GMT 2018

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 1ª Promotoria de Justiça junto à Auditoria de Justiça Militar do Estado, denunciou, nesta quinta-feira (12/04), os policiais militares Thiago Silva e Marlon Carvalho pela prática dos crimes de tortura e roubo qualificado, cometidos em outubro de 2017, na Rocinha. Junto com a denúncia, o MPRJ pediu a prisão dos PMS.

De acordo com as investigações, um morador da Rocinha transitava pela comunidade, no dia 1º de outubro do ano passado, quando foi abordado por Thiago e Carvalho que estavam em serviço e armados. Os PMs revistaram o rapaz de 16 anos e retiraram de seu bolso a quantia de R$ 80, transferindo-a para o bolso da farda de Thiago. 

Logo depois do roubo, os policiais constrangeram o menor para que ele informasse a localização de drogas e do esconderijo de traficantes. Ainda segundo a denúncia, os PMs deram tapas no pescoço do rapaz, pisaram em seu rosto e o ameaçaram de morte. 

Durante a abordagem, o PM Carvalho bateu com o fuzil no dedo do pé da vítima e atingiu a sua cabeça com uma coronhada. Documentos médicos e perícias foram anexados aos autos para comprovar as lesões corporais. 

Os policiais foram denunciados pelo crime de tortura, cuja pena varia de dois a oito anos de reclusão.  Entretanto, a pena pode ser aumentada pelo fato de o crime ter sido cometido por agente público. Também denunciados pelo crime de roubo qualificado, os policiais podem ter a pena agravada por terem cometido o crime com abuso de poder e violação de dever inerente ao cargo.
 
No pedido de prisão preventiva, o MPRJ lembra que os denunciados estão intimamente entranhados na Polícia Militar. “A liberdade de pessoas ligadas a esse tipo de criminalidade – sobretudo enquanto agentes do Estado – representa gravíssimo risco à paz pública e ao bem estar da comunidade", diz o documento encaminhado ao Juízo da Auditoria de Justiça Militar.

Para acessar a denúncia, clique aqui.

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