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MPRJ e Polícia Civil realizam operação para cumprir mandados de busca e apreensão contra quadrilha que operava refinaria clandestina em Caxias
Publicado em Wed Feb 21 08:17:37 GMT 2018 - Atualizado em Wed Feb 21 08:21:53 GMT 2018

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), e a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Serviços Delegados (DDSD), realizam operação nesta quarta-feira (21/02), para cumprir seis mandados de busca e apreensão em endereços de homens denunciados por operar uma refinaria de petróleo clandestina em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Os mandados são cumpridos em Ramos, na Zona Norte da capital e em outras cidades fluminenses como Guapimirim e Petrópolis. Há ainda dois mandados para endereços no Estado de São Paulo, nos Municípios de Paulínia e Atibaia. A atuação conta com o apoio do GAECO do Ministério Público paulista.  
 
A operação, chamada de Conexão Clandestina II, é resultado de uma diligência inicial feita pelo 15º BPM (Duque de Caxias). Atendendo a uma denúncia de que no local haveria irregularidades envolvendo crimes relacionados a furto de combustível, policiais encontraram lá um “líquido preto”. Posteriormente, o GAECO/MPRJ e a DDSD constataram se tratar de Petróleo produzido no Oriente Médio e furtado dos dutos da Petrobras Transporte (Transpetro).
 
Além do cumprimento dos mandados, o GAECO/MPRJ denunciou à Justiça dez suspeitos, entre eles o dono da refinaria clandestina Reoxil, um químico e mais sete funcionários. Outro denunciado é dono da empresa Leusado, onde foram encontrados pela polícia quatro caminhões, contendo ao todo 180 mil litros de Diesel produzido pela Reoxil. Todos os dez responderão por formação de organização criminosa. Três deles foram acusados também por receptação qualificada.
 
Para o MPRJ, os denunciados estão diretamente envolvidos com um ciclo vicioso de uma atividade criminosa perigosa, com alto risco de acidentes. Ainda segundo o Ministério Público estadual, durante o procedimento ilegal de desvio do óleo bruto, chamado de trepanação, podem ocorrer catástrofes ambiental e humanas, decorrentes do vazamento deste material inflamável.
 
A denuncia foi recebida  pelo juízo da 1ª Vara Criminal de Duque de Caxias, que determinou a expedição dos mandados de busca e apreensão.

 

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