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Ministério Público Eleitoral obtém prisão de Rosinha e Garotinho
Ministério Público Eleitoral obtém na Justiça prisão de Anthony Garotinho e Rosinha Matheus
Publicado em Wed Nov 22 17:05:45 GMT 2017 - Atualizado em Wed Nov 22 17:43:36 GMT 2017

O Ministério Público Eleitoral, por meio da Promotoria Eleitoral junto à 98ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, obteve na Justiça nesta quarta (22/11) a prisão preventiva de Anthony Garotinho e Rosinha Matheus, ambos ex-governadores do Estado do Rio de Janeiro. Além do pedido de prisão, eles foram denunciados por associação em organização criminosa, destinada à arrecadação não declarada, e por meio de extorsão, de vultosas doações para campanhas eleitorais junto a empresários da cidade. Os fatos ocorreram entre 1º de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2016, período em que Rosinha esteve à frente da Prefeitura de Campos, no Norte Fluminense.

Na denúncia, a promotoria eleitoral afirma que Anthony Garotinho exercia o cargo de comando da organização. Seria de sua responsabilidade determinar as funções de cada integrante do grupo, desde quem faria a abordagem dos empresários-colaboradores, passando por quem recolheria os valores e qual destino deveria ser dado aos recursos arrecadados. Segundo o documento, Garotinho tinha o poder de subjugar as empresas abordadas e seus sócios, de modo que a não contribuição para campanhas eleitorais poderia acarretar prejuízos a legítimos direitos das empresas, em especial em relação ao recebimento de valores devidos pelo município. A denúncia lista os nomes de outros seis envolvidos no esquema, que também tiveram suas prisões preventivas decretadas na decisão proferida no dia 17 de novembro.

Os acusados são Antônio Carlos Rodrigues (presidente do Partido da República/PR, legenda de Rosinha e Garotinho), Fabiano Alonso (genro de Antônio Carlos, e mentor do esquema de fraude para dissimular as doações de campanha por meio da empresa Ocean Link), Ney Flores (sócio da empresa Macro Engenharia, com quem a Prefeitura de Campos possuía diversos contratos, e um dos principais arrecadadores do esquema), Antonio Carlos ‘Toninho’ (sócio da Ribeiro Azevedo Construções LTDA e considerado o ‘braço armado’ da organização, era quem fazia a cobrança de valores), Suledil Bernardino (ex-secretário nas pastas de Controle, de Governo e de Fazenda em Campos) e Thiago Godoy (subsecretário de Governo de Garotinho, nos anos de 2015 e 2016, além de coordenador financeiro das campanhas de 2014 e 2016).

Além da prisão preventiva de todos os denunciados, a Justiça Eleitoral determinou o sequestro dos bens móveis e imóveis, bem como o bloqueio de dinheiro existente em nome dos réus e das empresas Macro Engenharia e Ribeiro Azevedo Construções LTDA, além da busca e apreensão de telefones celulares, computadores, mídias, pen drives ou documentos dos condenados, que possam ajudar a elucidar os crimes descritos na denúncia. Por fim, foi determinado o imediato afastamento de Garotinho e Antônio Carlos Rodrigues dos cargos de presidente estadual (RJ) e nacional do PR, respectivamente.

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