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MPRJ e Polícia Civil realizam operação para coibir esquema ilegal de compra de vales refeição, alimentação e transporte
Publicado em Wed Oct 04 20:02:00 GMT 2017 - Atualizado em Wed Oct 04 20:04:47 GMT 2017

O Ministério Público do Estado Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 16ª Promotoria de Investigação Penal, em parceria com a Delegacia de Defraudações da Polícia Civil, realiza, nesta quarta-feira (4/10), operação de busca e apreensão em diversos bairros da capital e na Baixada Fluminense. Batizada de Operação Fantoche, a medida é contra a lavagem de dinheiro em esquema ilegal de compra de vales refeição, alimentação e transporte.
 
De acordo com as investigações da Polícia Civil, organizações criminosas, por intermédio de empresas formais de fachada, movimentam rendimentos provenientes da exploração dessa atividade ilegal, o que caracteriza os crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa, falsidade ideológica e crime contra a economia popular.
 
As empresas obtêm, das operadoras de cartão, máquinas para recebimento dos vales refeição e alimentação. Os equipamentos são, então, encaminhados aos escritórios para serem utilizados na compra dos benefícios dos trabalhadores, dos quais é cobrada uma taxa. Parte da quantia arrecadada fica para o escritório e o restante vai para as empresas de fachada, que transferem o dinheiro para pessoas físicas e empresas legais.
 
No caso dos vales transporte, os cartões são deixados nos escritórios, recolhidos por atravessadores e levados até empresas de ônibus e vans coniventes para que os créditos sejam descarregados.  Os valores obtidos com a taxa cobrada dos trabalhadores são divididos entre a viação, o dono do escritório e o atravessador. Dias depois, os trabalhadores recebem o cartão de volta, no escritório. 
 
A Operação Fantoche cumpre 46 mandados de busca e apreensão em endereços comerciais e residenciais nos bairros de Copacabana, Botafogo, Largo do Machado, Centro, Jacarepaguá, Campo Grande e Bangu, e nos municípios de Nova Iguaçu, Duque de Caxias, São João de Meriti, Belford Roxo, Mesquita e Nilópolis.
 
Segundo o MPRJ, a operação simultânea nos locais mapeados foi necessária para a apreensão de instrumentos e a identificação dos responsáveis pelos pontos de comercialização criminosa. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Nova Iguaçu.

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