O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 23ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos, ofereceu denúncia por homicídio qualificado contra cinco traficantes do Morro do Vidigal, entre eles Rogério Avelino da Silva, o “Rogerinho 157”, pelo ataque, em julho, a 11 policiais militares na comunidade e que resultou na morte do PM Hudson Silva de Araújo. 
 
Na quarta-feira (27/09), o juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, do 3º Tribunal do Júri da Capital, aceitou a denúncia do MPRJ e decretou a prisão preventiva dos traficantes como medida cautelar, tendo em vista o grau de periculosidade do grupo que, neste mês de setembro, esteve diretamente envolvido nos conflitos armados na comunidade vizinha da Rocinha, amplamente noticiados pela imprensa e que aterrorizaram a cidade.
 
De acordo com a denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Homero das Neves Freitas Filho, os réus foram enquadrados por homicídio contra agente público de segurança (art. 121, § 2º, VII do Código Penal) e tentativa de homicídio (dez vezes). O MPRJ requer, ainda, que os denunciados sejam condenados ao pagamento de indenização pelos danos materiais e morais causados aos familiares da vítima fatal e às vítimas sobreviventes, em valor a ser apurado no curso do processo.
 
Em 23 de julho, os 11 policiais militares faziam patrulhamento de rotina na Avenida Presidente João Goulart, no Vidigal, quando o bando formado por Ivan da Silva Martins (“Ivanzinho”), Alan Francisco da Silva (“Bilan”), Michael Ferreira de Sousa (“Rabicó”) e Horácio Ferreira do Nascimento Neto (“Orelhinha”), a mando de Rogerinho 157, atacou o grupo. Na troca de tiros o PM Hudson Silva de Araújo foi atingido e faleceu. Os outros policiais não foram atingidos porque conseguiram se abrigar a tempo.