Notícia
Notícia
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), pela 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital, instaurou inquérito civil para investigar denúncia de conteúdo misógino e racista em material do curso Medgrupo, preparatório para residência médica. Para a Promotoria as apostilas didáticas apresentam ilustrações que depreciam, objetificam, erotizam e violentam as mulheres. O inquérito foi instaurado a partir de denúncia recebida pela Ouvidoria/MPRJ.
Na portaria de instauração de inquérito foi levada em consideração a repercussão nas redes sociais e sites de notícias. O conteúdo da apostila provocou a indignação dos internautas, sobretudo de mulheres, que repudiaram a forma como exemplos de casos clínicos da ginecologia são ilustrados seguidos de comentários desrespeitosos e julgamentos às mulheres.
Estudantes de medicina da Universidade Federal da Bahia entraram em contato com a equipe do Medgrupo, solicitando esclarecimentos e alterações do material. Em resposta aos alunos, o Medgrupo informou ser contrário à “agenda do politicamente correto” e que não mudaria nenhuma vírgula do material alegando serem um grupo privado.
A Promotoria requer cópia do material didático utilizado no curso de preparação nos últimos seis meses, inclusive de áreas diversas à Ginecologia, preferencialmente em mídia eletrônica; cópia do contrato social da sociedade empresária; lista com nome de todos os sócios-administradores, coordenadores, professores e monitores, que exercem atividade profissional no curso no Município do Rio de Janeiro.
Cópia do inquérito foi enviada ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ) para ciência do ocorrido e adoção das medidas cabíveis no âmbito de suas atribuições.
(Dados coletados diariamente)