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MPRJ apura supostos tratamentos privilegiados a ex-governadores
Publicado em Fri Nov 18 20:27:37 GMT 2016 - Atualizado em Fri Nov 18 20:27:00 GMT 2016

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) atuou, nesta sexta-feira (18/11), em duas frentes, para inspecionar e investigar os supostos tratamentos privilegiados dispensados aos ex-governadores Sérgio Cabral e Anthony Garotinho, presos nos últimos dias. 

A 7ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital instaurou nesta sexta-feira um procedimento preparatório de inquérito civil sobre o suposto tratamento privilegiado recebido por Garotinho e seus familiares no Hospital Municipal Souza Aguiar. O objetivo da investigação é saber se houve improbidade administrativa, com violação do princípio constitucional da impessoalidade.

No procedimento, a Promotoria determina que o secretário municipal de Saúde e a diretoria do hospital prestem esclarecimento sobre o caso. Também determina o envio do prontuário médico do ex-governador, no prazo de 20 dias. Solicita ainda, entre outras medidas, que o Grupo de Apoio Técnico Especializado do MPRJ (GATE Saúde) realize diligência no hospital para indagar profissionais sobre o tratamento dispensado a Garotinho.

Na manhã desta sexta-feira, a promotora de Justiça titular da 21ª Promotoria de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos do MPRJ, Valeria Videira, esteve no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste, para uma inspeção sigilosa com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). 

A promotora constatou que não procedem os boatos de que o ex-governador Sérgio Cabral tenha tratamento privilegiado em Bangu 8. Cabral divide a cela com mais cinco detentos. O ex-governador Anthony Garotinho encontrava-se no Hospital Penal Hamilton Agostinho, também sem receber privilégios.

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