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Infância e Juventude
MPRJ obtém afastamento de diretores e agentes do Degase acusados de agressão a adolescentes
Publicado em Mon Feb 06 20:23:29 GMT 2017 - Atualizado em Mon Feb 06 20:22:50 GMT 2017

Dois diretores e cinco agentes socioeducativos da Escola João Luis Alves (EJLA), do Departamento de Ações Socioeducativas (Degase), na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio foram afastados de suas funções após a Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e da Juventude Infracional da Capital fazer o pedido à Justiça. A decisão ocorreu na sexta-feira (03/02). Os agentes são acusados de agredir e ameaçar, inclusive com armas de fogo, quatro adolescentes internos.

Os diretores são Leonardo Guimarães da Rocha Souza e Hebert Patrick Faria Gomes. Já os agentes socioeducativos são Daniel Jesus de Souza Leal, Alessandro Fernandes Teixeira, Marcelo Nunes Martins Tavares, Gudemberg Gomes da Silva e Eduardo Luiz Vieira Neves.

Segundo depoimentos prestados pelos adolescentes ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), os internos foram agredidos entre os dias 04 e 05 de janeiro de 2017, com socos, chutes, pancadas na cabeça e jatos de gás de extintor de incêndio no rosto.

No depoimento, eles também relataram que os agentes Eduardo, Daniel, Gudemberg e Alessandro andam armados e realizam disparos sem motivos na EJLA. Os adolescentes disseram, ainda, que há “um clima de intimidação” dentro da unidade.

Ao serem questionados pelo pai de um dos internos sobre as agressões, os diretores Leandro Guimarães e Hebert Patrick sugeriram que o adolescente acusasse outros três internos de tentarem matá-lo.

Para o MPRJ fica claro que os adolescentes agredidos não foram encaminhados à delegacia e ao Instituto Médico Legal (IML) no dia ocorrência dos fatos, para que não fossem produzidas provas contra os próprios agentes. “Tendo as lesões sido produzidas por agentes socioeducativos, não houve nenhuma pressa no encaminhamento das vítimas à constatação das lesões, que evidentemente se desejam ocultar, isso porque, o registro da ocorrência só foi realizado dias depois quando não era mais possível verificar nitidamente as lesões”, narra trecho do documento.

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