Foi inaugurada na última segunda-feira (04/09), no Corredor Cultural do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), a Exposição Transmutações. O projeto é iniciativa da Caixa de Assistência do MPRJ (Camperj), em parceria com a Coordenadoria-Geral de Promoção da Dignidade da Pessoa Humana (COGEPDH), e expõe a arte como ferramenta da manutenção da saúde mental. Membros ativos e inativos, além de dependentes, puderam mostrar seus trabalhos, que vão da pintura à música, do artesanato à literatura.

O evento teve abertura do presidente da Camperj, o procurador de Justiça Eduardo Lima Neto, que falou da importância do tema da saúde aliado às artes de forma geral. “Essa exposição guarda uma proximidade e uma ligação muito grande com a questão da saúde, preocupação constante da Camperj, que cria um ambiente propício para que todos os beneficiários desfrutem de mais saúde, e é nesse ponto que surge uma grande convergência. Falar de arte é também falar de vida plena" ,  disse o procurador.

De acordo com a procuradora de Justiça e coordenadora da COGEPDH, Patricia Carvão, a exposição foi uma construção coletiva pensada com muito carinho, juntamente com a Camperj, trazendo uma pauta de extrema importância para todos do MPRJ, que é o cuidado com a saúde mental. “De forma bastante concreta, através de diversas manifestações artísticas, temos a possibilidade de ver como a arte pode não apenas ser um instrumento de cuidado com a saúde mental, como também um caminho para atravessar períodos difíceis como o luto, o preconceito e diversas situações delicadas que possam se apresentar ao longo da vida. Há obras produzidas por membros que já se aposentaram e, hoje, retornam ao MP em outro momento de vida, contribuindo com a sua arte para mostrar o amor que ainda nutrem pela Instituição”.

A mostra conta com trabalhos do promotor de Justiça aposentado Carlos Vivas, que já dividiu o palco cantando com grandes estrelas da MPB como Nelson Gonçalves, Dalva de Oliveira, Anísio Silva e Erasmo Carlos; da procuradora de Justiça Maria de Lourdes Feo Polônio, que também é escritora e poetisa, e escreve juntamente com o neto, também poeta, sua relação de puro amor e proximidade com ele; da escritora e professora aposentada pela UFRJ, Stela Oli, que possui três prêmios literários nas categorias poesia, contos e crônicas e, atualmente, se dedica ao estudo da obra de Marcel Proust e o seu desdobramento na literatura contemporânea; da procuradora, escritora e artista plástica Maria Cristina Pacini, que já expôs sua arte em Instituições como Tribunal de Justiça e Amperj, e em grandes eventos da cidade, e da artesã Lucya Prado, especializada no universo das bonecas, buscando sua arte na contramão do abismo proporcionado pela Covid-19 a muitas pessoas.

A Exposição Transmutações pode ser conferida até o dia 29 de setembro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, no Corredor Cultural do MPRJ. O espaço fica no edifício-sede, localizado na Av. Marechal Câmara, 370, subsolo, no Centro do Rio.

Por MPRJ