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No mês do agosto lilás, em que se comemora o aniversário da Lei Maria da Penha, que neste ano completa 17 anos, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Instituto de Educação Roberto Bernardes Barroso (IERBB/MPRJ) e do Centro de Apoio Operacional de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher (CAO Violência Doméstica/MPRJ), promoveu, nesta sexta-feira (04/08), o evento “Os Impactos Psicológicos na Mulher Vítima de Violência Domésticas e Sexual”. O encontro, que aconteceu no auditório do 9° andar do edifício-sede, contou com a presença de membros, servidores, residentes jurídicos, estagiários forenses e público externo.
A procuradora de Justiça Carla Araújo, coordenadora do CAO Violência Doméstica e Familiar, abriu o evento compondo a mesa de abertura ao lado dos procuradores de Justiça Augusto Vianna Lopes, ouvidor do MPRJ, e Patricia Leite Carvão, coordenadora-geral de Promoção da Dignidade da Pessoa Humana (COGEPDPH/MPRJ), além de Heloísa Aguiar, secretária da Mulher do Estado do RJ.
Logo após, as psicólogas Maria Cristiana Milanez Werner e Pâmela Rossy, e a assistente social Rosângela Pereira, deram início à palestra. Cristiana Werner trouxe reflexões sobre violência psicológica: “Antes que a violência doméstica seja percebida como tal ou antes que ocorra violência sexual, a porta de entrada de todas as violências sempre passa pela psicológica. Precisamos reconhecer essa violência, pois ela mina a estabilidade emocional da mulher e tira o pilar da capacidade psíquica. Precisamos levar a sério todas as nuances da violência doméstica”, pontuou.
Rosângela Pereira destacou a importância da colaboração multidisciplinar entre os profissionais que oferecem serviços às vítimas, para a compreensão mais completa das suas necessidades e atuações mais acolhedoras. Já a psicóloga no Núcleo Especial de Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem), Pâmela Rossy, reforçou a necessidade de autocuidado dos profissionais que lidam com essas mulheres: “Em alguns casos, nós nos humanizamos muito com a história. Isso pode acabar afetando as nossas atitudes no que diz respeito a ser melhor para vítima. É importante que a gente também busque auxílio profissional para que possamos oferecer um suporte sólido e empático às mulheres vítimas de violência”, disse.
Após a palestra, os presentes participaram de 11 oficinas com profissionais da saúde, assistência, segurnça pública e demais setores que atuam na proteção da mulher. As oficinas tiveram como objetivo promover redes de apoio e acolhimento, reforçando a importância da atuação conjunta em prol do bem-estar e da recuperação das vítimas de violência.
Por MPRJ
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