Notícia
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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO-MPRJ) e a Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) deflagraram a “Operação TNT”, na manhã desta quinta-feira (20/4), com o objetivo de desarticular quadrilhas especializadas em roubo de caixa eletrônico com uso de explosivo e tráfico de drogas.
Foram cumpridos mandados de prisão preventiva contra 16 das 34 pessoas denunciadas pelos promotores do GAECO-MPRJ, além de mais 83 de busca e apreensão em municípios na região Sul Fluminense (em Resende, Barra Mansa e Angra dos Reis), na Baixada Fluminense (em Duque de Caxias e Belford Roxo), na cidade do Rio de Janeiro e no Estado de São Paulo (na Capital e Cubatão).
A megaoperação conta com participação de 360 agentes, sendo 60 da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do Ministério Público e 300 da PMERJ, além do efetivo policial do Comando de Operações Especiais (COE) da PMERJ, do Batalhão de Choque, do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Ações com Cães, com o emprego de aeronaves e de mais de uma centena de viaturas. O GAESP-SP apoiou o cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão em São Paulo.
As investigações foram iniciadas após dois caixas eletrônicos, instalados dentro de uma montadora de caminhões em Resende, terem sido roubados -- com uso de dinamite -- em agosto de 2016. Nos meses seguintes, o grupo de assaltantes voltou a estourar mais caixas eletrônicos em Porto Real, Itatiaia, Rio Claro, Valença e Angra dos Reis, além de realizar assaltos a estabelecimentos empresariais.
R$ 2 milhões em roubos
Por meio do Procedimento Investigatório Criminal (PIC), o MPRJ, em parceria com a PMERJ, apurou a existência de duas organizações criminosas autônomas: uma dedicada ao roubo de caixas eletrônicos e estabelecimentos e outra para associação ao tráfico de drogas, baseada em diversas comunidades de Angra dos Reis e outros municípios da região, que agia fortemente armada, inclusive com fuzis e granadas, e de forma extremamente violenta, envolvendo-se em habituais confrontos armados com a polícia e com facções rivais.
De acordo com a denúncia, os criminosos ligados aos roubos, que seriam liderados pelo denunciado Julio Cesar, vulgo “Mineirinho”, também agiam de forma violenta, portando armas de grosso calibre, inclusive fuzis, não hesitando em atirar contra policiais, bem como contavam com grande estrutura logística, inclusive lanchas para viabilizar a fuga pelo mar em alguns episódios. Nos seis roubos conhecidos aos caixas eletrônicos e estabelecimentos, estima-se que tenham subtraído cerca de R$ 2 milhões.
Mineirinho foi preso em Piraí, ao longo da investigação que durou cerca de 9 meses. Nesse período também foram apreendidos com as quadrilhas, quatro granadas, 1 espingarda, 7 pistolas, 14 rádios transmissores, mais de 1,5 Kg de maconha e de 1,5 Kg de cocaína.
(Dados coletados diariamente)