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MPRJ obtém decisão favorável à denúncia oferecida contra suspeito de integrar milícia em Caxias acusado de assassinato
Publicado em Thu May 30 12:30:30 GMT 2019 - Atualizado em Thu May 30 12:30:13 GMT 2019

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 7ª Promotoria de Investigação Penal da 3ª Central de Inquéritos, obteve decisão favorável da Justiça que acatou a denúncia formulada contra Gilson da Silva, ex-sargento do Corpo de Bombeiros, acusado de matar duas pessoas no último dia 3 de junho de 2018, em Duque de Caxias.

A denúncia do MPRJ destaca que Gilson, de forma livre e consciente e em comunhão de ações com outros indivíduos não identificados, efetuou disparos de arma de fogo contra três pessoas, causando em duas delas lesões que foram a causa de suas mortes. De acordo com as investigações, Gilson seria um miliciano da região, que se tornou palco de uma intensa disputa entre milícia e tráfico de drogas pelo domínio ilegítimo da localidade.

Como consequência da disputa, Adriano Justino do Nascimento, conhecido como “Jamanta” e integrante do mesmo grupo criminoso do denunciado, foi executado por traficantes do local. No dia do fato, Gilson, acompanhado de outros indivíduos ainda não identificados, foi até a residência de um dos traficantes a fim de executá-lo. Ao chegar ao local, encontrou três pessoas conversando no quintal, momento em que efetuou diversos disparos de arma de fogo contra elas, que culminaram na morte de duas pessoas.

Ainda na denúncia, destaca o MPRJ que o crime foi praticado por motivo torpe, já que se tratou de vingança e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, uma vez que estas foram atacadas de surpresa. Desta forma, Gilson foi incurso nas sanções penais do artigo 121, §2º, I (duas vezes) e IV do Código Penal (duas vezes) e do artigo 121, §2º I (duas vezes) e IV c/c artigo 14, ambos do Código Penal.

A 7ª Promotoria de Investigação Penal da 3ª Central de Inquéritos, obteve mandados de busca e apreensão junto a 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias. Por ocasião do cumprimento destes, no dia 24 de abril, foram arrecadadas armas de fogo, munições, carregadores, fardas camufladas, balaclavas e anotações relacionadas a agiotagem. Na diligência, Gilson foi preso em flagrante por porte de arma de fogo. 

As investigações foram realizadas pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

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